Polícia

Assassino de Vanessa, músico era figura carimbada nas denúncias de violência doméstica

Antes do relacionamento com a jornalista, Caio César Nascimento pisou e deu socos na cabeça da ex-ficante enquanto ela estava caída no asfalto

13 FEV 2025 • POR Luiz Vinicius • 08h22
Caso tinha um passado bastante obscuro - Reprodução/Redes Sociais

Caio César Nascimento Pereira, de 35 anos, assassino da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, era uma figura bastante conhecida nas denúncias de violência doméstica. Com um perfil agressivo e que usava drogas e bebida alcoólica, seu passado era bastante obscuro.

Ele foi preso em flagrante pelo crime cometido contra a profissional de comunicação, no final da tarde desta quarta-feira (12), no bairro São Francisco, em Campo Grande. A vítima foi brutal e covardemente assassinada a golpes de faca - que foi apreendida pela polícia.

O JD1 Notícias apurou ele tinha ao menos 3 páginas de anotações criminais e processos que se desenvolveram ao longo das denúncias - eram ao menos 14 citações, a 15° passa a ser o feminicídio contra Vanessa. Caio ainda tinha uma anotação criminal de roubo, ao subtrair o celular de um motorista de aplicativo, que havia feito uma corrida para a ex-ficante do músico e presenciou as agressões dele contra a vítima.

O fato aconteceu no dia 30 de junho do ano passado. A mulher, uma psicóloga, tinha brigado com o músico e decidiu ir embora de um barzinho, mas optou por dar carona para ele. Porém, ao ser deixado na casa, no bairro Tiradentes, Caio Cesar pegou uma motocicleta e seguiu viagem até a residência da mulher, chegando primeiro que ela, surpreendendo a vítima.

Ambos tiveram uma discussão e a psicóloga tentou pedir pro motorista de aplicativo tira-lá do local para despistá-lo, mas o músico conseguiu retirar a mulher do veículo e iniciou as agressões, desferindo socos contra a cabeça dela, enquanto ela estava caída no asfalto, pisando também no pescoço dela. Na fuga, Caio subtraiu o celular do motorista de aplicativo.

Esse caso em específico também foi levado ao conhecimento da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), mas também houve a investigação paralela com a Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos).

Ressalta-se que quando a vítima de agressão prestou depoimento na Deam, a delegada relatou no boletim de ocorrência que o músico "em pesquisa no sistema policial, consta diversas ocorrências de violência doméstica nesta delegacia com outras vítimas".

As anotações citadas acima envolvem lesões corporais, ameaças e outras coisas relacionadas a violência doméstica.