Relógio do Juízo Final chega aos 89 segundos para meia-noite
Esse é o menor tempo já registrado na história, e cientistas apontam para a ameaça nuclear na guerra da Rússia na Ucrânia, tensões mundiais, IA e mudança climática
28 JAN 2025 • POR Pedro Molina • 16h41
O Bulletin of the Atomic Scientists atualizou, nesta terça-feira (28), o Relógio do Juízo Final para 89 segundos para meia-noite, um segundo a mais que o registrado nos últimos dois anos e o mais próximo já registrado desde sua criação.
Criado em 1947, o Relógio do Juízo Final serve como uma metáfora e alerta do quão próxima a humanidade está da autoaniquilação, com a meia-noite representando o fim do mundo e os ponteiros apontando para o quão próximo o mundo está de chegar ao fim.
Segundo Daniel Holz, presidente do Conselho de Ciência e Segurança do Boletim, as ameaças nucleares da Rússia em meio à invasão da Ucrânia, tensões mundiais em pontos críticos, aplicações militares de inteligência artificial (IA) e mudanças climáticas foram considerados como fatores subjacentes aos riscos de uma catástrofe global.
“Os fatores que influenciaram a decisão deste ano – risco nuclear, mudanças climáticas, possíveis usos indevidos da ciência biológica e novas tecnologias como a inteligência artificial – não são novidades. No entanto, vimos poucos avanços para enfrentar esses desafios, e, em muitos casos, a situação está piorando”, comentou.
Holz ainda destaca a mudança climática, apontando para o fato de 2024 ter sido o ano mais quente já registrado, segundo a Organização Meteorológica Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU).
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