Policial militar ameaçou matar a família a tiros e surtou após ter uma crise de ciúmes na Capital
Depois de ser contido e levado para um hospital psiquiátrico, ele foi encaminhado para a DEAM, onde o caso foi registrado
22 JAN 2025 • POR Brenda Assis • 09h03O surto que mobilizou as equipes do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) por mais de 15h, começou por conta de uma crise de ciúmes do policial militar da reserva. O fato foi detalhado no boletim de ocorrência registrado pelas autoridades.
Conforme o registro policial, que o JD1 Notícias teve acesso, o acionamento inicial das equipes apontava que um homem de 49 anos estava armado, completamente transtornado, ameaçando os familiares. Ao chegar na casa, localizada Rua Itaparica, os militares falaram com o filho do autor.
Ele contou que seu pai surtou e começou a ameaçar os familiares com uma arma de fogo. O rapaz informou ainda que ele já havia passado por um tratamento psiquiátrico recente e estava calmo até a hora do almoço de terça-feira (21), quando passou a ficar agressivo. O jovem pediu para os militares acionarem o BOPE, pois seu pai havia dito que falaria apenas com as equipes especiais.
Ainda assim, antes da chegada dos policiais, ele entregou três carregadores de pistola com 48 munições. A guarnição da Polícia Militar isolou a área, fechando a quadra entre a Rua Ribeirão Píres e a Avenida Nsr. do Bonfim.
Em apoio ao BOPE, as equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram até o endereço, apenas acompanhando a ocorrência.
Após o início das negociações, ele liberou a esposa do imóvel. Ao falar com os policiais que atendiam o caso, a mulher chegou a negar que o companheiro estava fazendo ameaças e nem fez menção de atirar neles, mas acabou sendo ‘desmentida’ pelo filho, que acompanhou o relato da mãe.
Ainda segundo o registro policial, a conversa com o militar da reserva começou por volta das 14h e terminou às 1h15 da madrugada desta quarta-feira (22). O autor chegou a afirmar que tinha apenas uma munição na câmara da arma, sendo que por diversas vezes durante a negociação, ele apontou a arma de fogo engatilhada para a própria cabeça e em outros momentos na direção do grupo tático e contra os negociadores.
Ao finalizar a negociação, o policial desmuniciou sua arma, e a entregou para a equipe após deixar a bala sobre um aparelho de som que estava perto dele.
Por conta dos fatos narrados pelos familiares, antes de ser levado para a DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), onde o caso foi registrado como ameaça e violência doméstica, ele foi encaminhado para um hospital psiquiátrico, onde foi medicado.