Polícia

Justiça mantém prisão de acusado de assassinar adolescente no São Conrado

Luan Kayky, morto no atentado, não era o alvo do atirador e pode ter morrido por engano no lugar de traficante

3 JAN 2025 • POR Luiz Vinicius • 06h50
Luan pode ter sido morto por engano. Caso é investigado pela Polícia Civil - Luiz Vinicius/WhatsApp JD1 Notícias

A Justiça de Mato Grosso do Sul converteu a prisão em flagrante para preventiva de Claudiomar Chaves da Silva, de 25 anos, acusado de assassinar o adolescente Luan Kayky Alegre Teixeira, de 17 anos, na virada do ano, no Jardim São Conrado, em Campo Grande.

O adolescente, de 16 anos, e primo do acusado, também passou por audiência de custódia após ser apreendido no dia do crime, mas o resultado não foi divulgado devido as normativas do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

"Malgrado a inexistência de antecedentes, a prisão decretada no curso do processo é justificável porque as circunstâncias concretas que envolveram a infração penal deixam manifesto o potencial lesivo da conduta do autuado, sobretudo por se tratar de crime hediondo, pela extrema violência e frieza dele após o delito", diz trecho da decisão sobre Claudiomar.

Num determinado trecho da decisão, o magistrado aponta que foi enviado um ofício a Agepen, informando que Luan Kayky seria, supostamente, integrante de facção criminosa, o PCC (Primeiro Comando da Capital) e que o custodiado, Claudiomar, estaria jurado de morte conforme apresentado pela defesa.

O caso - Luan não era o alvo do atirador e pode ter morrido por engano no lugar de um traficante.

Segundo informações do boletim de ocorrência, Claudiomar estava em uma conveniência na rua Leão Zardo com Coronel José Hélio, quando tentou comprar drogas com um traficante, mas alegou para a polícia que ele foi destratado, onde houve uma discussão entre os dois, mas o traficante acabou indo embora.

Insatisfeito com a situação, o acusado, acompanhado do primo adolescente, foi até a casa da cunhada, de 20 anos, buscado uma arma de fogo e posteriormente, foi até a residência em que o traficante estava. Em um Fiat Pálio, Claudiomar e o adolescente passaram, sendo que o rapaz atirou diversas vezes na direção da casa.

Contudo, Luan Kayky, a jovem e demais pessoas estavam na frente da residência. Pelo menos seis tiros foram disparados e um deles atingiu o abdômen de Luan, socorrido por populares até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória, onde foi realizada manobras de ressuscitamento, contudo, após 40 minutos, o menor não resistiu e faleceu na unidade de saúde. A jovem foi socorrida para a Santa Casa pelo Corpo de Bombeiros.