Internacional

Putin se desculpa com o presidente do Azerbaijão por queda de avião no Cazaquistão

O presidente russo classificou o ocorrido como 'trágico incidente"

28 DEZ 2024 • POR Sarah Chaves, com informações da CNN • 15h51
Foto: Reuters/Kremlin.RU

Com a queda do avião da Azerbaijan Airlines com passageiros do Azerbaijão que caiu após um ataque russo na cidade de Aktau, no Cazaquistão na última quarta-feira (25), o presidente russo, Vladimir Putin, pediu desculpas neste sábado (28) ao chefe de estado, Ilham Aliyev.

O voo J2-8243 caiu em uma bola de fogo após desviar do sul da Rússia, onde drones ucranianos teriam atacado várias cidades. Pelo menos 38 pessoas morreram e 29 ficaram feridas.

Quatro fontes com conhecimento das conclusões preliminares da investigação do Azerbaijão sobre o desastre disseram à Reuters na quinta-feira (26) que as defesas aéreas russas o derrubaram por engano.

“(O presidente) Vladimir Putin pediu desculpas pelo trágico incidente ocorrido no espaço aéreo russo e mais uma vez expressou suas profundas e sinceras condolências às famílias das vítimas e desejou uma rápida recuperação aos feridos”, disse o Kremlin em um comunicado.

“Naquela época, Grozny, Mozdok e Vladikavkaz estavam sendo atacadas por veículos aéreos não tripulados ucranianos, e os sistemas de defesa aérea russos repeliram esses ataques”, disse o Kremlin.

Ilham Aliyev, presidente do Azerbaijão, observou que o avião havia sido “submetido a interferência física e técnica externa no espaço aéreo russo, resultando em perda total de controle e redirecionamento para a cidade cazaque de Aktau”, de acordo com o gabinete presidencial do Azerbaijão.

O voo J2-8243 saiu da capital do Azerbaijão, Baku, e ia para Grozny, na região russa da Chechênia. Porém, desviou a rota e tentou fazer um pouso de emergência a aproximadamente três quilômetros de Aktau, no Cazaquistão, informou a transportadora.

O avião foi fabricado pela empresa brasileira Embraer. Em nota, a companhia informou que está pronta para auxiliar as autoridades. Além disso, o Brasil enviou três investigadores da Força Aérea para ajudar nas investigações.