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Defesa nega que CNH de motorista de carreta envolvida em acidente em MG estava suspensa

Advogado também detalha que o caminhoneiro deixou o local pois estava em choque após presenciar a cena

24 DEZ 2024 • POR Pedro Molina • 18h51
Foto: Corpo de bombeiros Militar/MG

Arilton Bastos Alves, motorista da carreta que se envolveu no acidente que deixou 41 mortos na madrugada de sábado (21) no km 285 da BR-116, em Teófilo Otoni, em Minas Gerais, prestou depoimento de mais de seis horas à Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (23).

Segundo a defesa do caminhoneiro, ele não estava foragido e apenas deixou o local por ter entrado em pânico ao constatar a gravidade da colisão, que envolveu um ônibus, um carro e a carreta que ele dirigia. Das 45 pessoas no ônibus, 41 morreram.

À Agência Brasil, o advogado Raony Scheffer explica que o caminhoneiro não tem responsabilidade pelo ocorrido e que entrou em pânico ao presenciar a situação. “O Arilton presenciou o ônibus em chamas; pessoas gritando; desesperadas; chorando e pedindo ajuda. Embora não tenha responsabilidade pelo que aconteceu, ele entrou em pânico. Inclusive, teve medo de ser agredido ao ver vários veículos parando próximos ao local. Por isso, após ver que não tinha condições de prestar socorro algum, ele deixou o local”, disse o advogado.

Ainda de acordo com Scheffer, o caminhoneiro andou até um posto próximo, onde pediu carona até o distrito de São Vito, em Governador Valadares – cerca de 160 quilômetros do local do acidente –, para outro motorista que o conhecia.

Em São Vito, Arilton entrou em contato com um parente que o buscou e o levou para Barra de São Francisco, no Espirito Santo, onde ele mora e onde recebeu os primeiros cuidados médicos.

Lá, ele foi orientado a ficar de repouso e a aguardar os representantes da empresa dona da carreta tomarem as primeiras providências legais.

“O advogado da empresa foi ao local do acidente, explicou a situação ao delegado e combinou que meu cliente se apresentaria na segunda-feira [ontem] à tarde a fim de ser ouvido. Agimos de boa-fé, conforme o combinado”, disse Scheffer.

Além disso, o advogado também refutou a acusação de que Arilton estivesse trabalhando com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. “De fato, a carteira dele foi suspensa, mas ele obteve uma decisão judicial revogando essa suspensão”, afirmou.

 

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