Outra Sophia? Menina é internada com sinais de abuso e clavícula quebrada na Capital
Estado da criança é considerado crítico pelos médicos e ela está internada na Santa Casa
13 DEZ 2024 • POR Luiz Vinicius • 08h56Menina, de 4 anos, com a clavícula quebrada e sinais de abuso, foi internada em estado considerado crítico na Santa Casa de Campo Grande, na noite desta quinta-feira (12). Ela passou por atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, onde foi observado as evidências de maus-tratos e possível abuso sexual.
Segundo informações do boletim de ocorrência, a criança deu entrada na unidade de saúde por volta das 19h, quando a médica plantonista observou que o estado dela já era grave e fez o encaminhamento para a unidade hospitalar da cidade, pois a vítima sentia fortes dores abdominais.
Durante o raio-x, a médica encontrou um "corpo estranho" no abdômen da criança. A profissional de saúde chegou a conversar com a mãe, onde ela disse que a filha estava doente há três dias, com sintomas de dores, febre e convulsões e que em atendimento anterior, foi constatado a clávicula quebrada.
A Polícia Militar e esteve na Santa Casa, onde conversou com a mãe da menina, onde ela voltou a relatar que a filha estava com diarreia, vômito e febre, e que no início da noite desta quinta-feira, havia levado a criança para a UPA.
Enquanto era aguardado o resultado dos exames, a equipe da polícia foi informada que a menina precisaria passar por uma cirurgia emergencial devido à uma apendicite. Um dos médicos de plantão na ala da pediatria informou os militares que a criança precisaria ficar 10 dias internada após o procedimento.
Durante a tomografia, os profissionais também identificaram a existência de um objeto no estômago da criança, no qual não pôde ser identificado, pois ela iria passar pela cirurgia de emergência. Mas, uma ginecologista-obstetra, suspeitou que o objeto encontrado poderia ter sido inserido pela região anal da criança, levantando a possibilidade de abuso.
Foi solicitado também exame no IMOL (Instituto Médico Odontológico Legal) para identificar o objeto e esclarecer a origem dele.
O caso foi, inicialmente, registrado como maus-tratos e já é de conhecimento da Polícia Civil, que abrirá investigação sobre os fatos.