Filhote de macaco-prego é resgatada após sofrer choque elétrico e se perder da mãe
Com idade estimada entre 45 e 60 dias, ela está sendo alimentada com mamadeiras e frutas
12 DEZ 2024 • POR Brenda Assis • 10h21Uma filhote de macaco-prego, com idade estimada entre 45 e 60 dias, está sendo cuidada pelos especialistas do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), que pertence ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
A pequena chegou ao local com ferimentos leves provocados por um choque e uma fratura exposta na falange da mão direita. A equipe de veterinários do Hospital Ayty está alimentando o animal a cada três horas, por meio de mamadeiras preparadas pela equipe do CRAS. A fórmula láctea é cuidadosamente balanceada para atender às necessidades nutricionais do animal. Além disso, pequenas porções de frutas maduras já começaram a ser oferecidas, buscando estimular o instinto de mastigação e sugação.
A equipe de veterinários do Hospital Ayty detalhou ainda que apesar das circunstâncias, a filhote apresenta comportamento típico da espécie. Ela demonstra curiosidade pelo ambiente e reconhece a mamadeira durante a alimentação. Para reduzir a carência causada pela perda da mãe, ela permanece agarrada a um bichinho de pelúcia durante grande parte do dia, o que lhe proporciona conforto emocional, ajudando ainda mais na adaptação.
Nos últimos dias, a equipe notou avanços significativos: o filhote passou a vocalizar e agora permanece acordado durante o dia, comportamento diferente do início de sua chegada, quando dormia praticamente o tempo todo.
Por ser muito jovem e ainda apresentar limitações, como a dificuldade em sustentar a cabeça erguida por períodos prolongados e uma locomoção mais lenta, a filhote permanece isolada de outros macacos do CRAS.
A meta, como em todos os casos atendidos pelo centro, é devolvê-lo à natureza assim que estiver plenamente recuperado e preparado para a vida em seu habitat natural.
Hospital – O Hospital Ayty, vinculado ao Imasul, recebeu este nome inspirado na língua Tupi-Guarani, significando “cuidado” e “acolhimento”. Desde sua criação, a estrutura se consolidou como o maior e mais moderno centro de reabilitação de animais silvestres das Américas, cumprindo seu compromisso de se tornar uma referência em medicina veterinária silvestre e um pilar fundamental na preservação da biodiversidade do Estado.
O hospital não se destaca apenas pela excelência nos cuidados médicos e nutricionais dos animais, mas também pela adaptação dos ambientes conforme as necessidades de cada espécie. Os espaços são cuidadosamente projetados para promover conforto, estimular comportamentos naturais e facilitar a reabilitação, aumentando as chances de uma futura reintegração à natureza.