Jardineiro é mantido preso após matar servente com tiro na cabeça na Vila Popular
No interrogatório na delegacia, suspeito chegou a dar uma versão, mas logo após ficou em silêncio
2 DEZ 2024 • POR Luiz Vinicius • 10h40O jardineiro Maycon Dias Guerra, de 28 anos, acusado de ter assassinado o servente de pedreiro Jhonathan Flavio Gomes de Sena, de 28 anos, com um tiro na cabeça, na Vila Popular, no final da tarde de sábado (30), teve sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, na manhã desta segunda-feira (2), após por audiência de custódia em Campo Grande.
A defesa até tentou reverter a situação e pediu a liberdade provisória, mas a justiça manteve a prisão em razão do crime que teria sido cometido por ele, durante uma suposta brincadeira ou briga envolvendo a vítima, numa residência, na rua Araioses.
Na decisão assinada pelo juiz Albino Coimbra Neto, foi levada em consideração a gravidade do caso, os antecedentes de Maycon, que já possuía algumas passagens pela polícia, além da falta de comprovação de trabalho lícito e entendendo que não seria cabível a liberdade do suspeito.
O magistrado citou que além das condições pessoais do acusado, considerou a situação que levou a morte de Jhonathan.
"As circunstâncias do crime, conforme consta nos autos, ainda permanecem abertas. Inicialmente, foi registrado um suposto suicídio, o que já se verificou não ter ocorrido, ao menos no contexto da prisão em flagrante", diz parte da decisão.
Ainda assim, Albino relata na decisão que "essa situação revela a necessidade de uma apuração minuciosa e verificação do que realmente aconteceu, considerando que testemunhas apresentam versões conflitantes. Além disso, observa-se que o autuado reconheceu que, na ocasião, estava sob efeito de bebida alcoólica e substâncias entorpecentes. Diante desse cenário, não é recomendável a aplicação de medidas cautelares mais brandas".
Relembre - Maycon foi preso ao tentar escapar da situação de flagrante em que havia dito que Jhonathan havia cometido suicídio no final da tarde de sábado. Conforme as informações policiais, apuradas pelo JD1, o autor e a vítima estavam em uma casa quando tiveram um desentendimento. Em determinado momento, o homem pegou uma arma e efetuou um disparo contra o rosto do jovem.
Para tentar escapar da prisão, ele chegou a dizer que a vítima estava manuseando um revólver calibre 38, quando acabou disparando contra sua própria cabeça. No entanto, a história foi desmentida por uma testemunha, que viu toda a cena e passou detalhes para a Polícia Militar.
Outras testemunhas também relataram que Maycon já havia ameaçado populares com uma arma e teria disparado para o alto em outras ocasiões.