PL tinha dados que negavam fraude das urnas mas optou por omitir informação, diz PF
Relatório da corporação aponta que Jair Bolsonaro e o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, agiram "de forma dolosa" e sabiam da situação
28 NOV 2024 • POR Pedro Molina • 19h42O relatório da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de estado em 2022 mostrou que o Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, chegou a ter posse de um parecer técnico que negava fraude nas urnas eletrônicas, no entanto, decidiu por omitir o documento e contestar na Justiça Eleitoral o resultado do segundo turno das eleições em 2022.
A sigla havia contratado, por R$ 1,5 milhão, o Instituto Voto Legal (IVL) para produzir um estudo que questionasse as urnas eletrônicas brasileiras. Esse parecer, por sua vez, foi produzido pela Gaio Innotech Ltda, do empresário e estatístico Éder Lindsay Magalhães Balbino.
No entanto, o presidente do IVL, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, optou por esconder as informações levantadas por Éder Balbino e manipular o relatório final apresentado pelo PL na Justiça Eleitoral, com o objetivo de sustentar a tese de fraude nas eleições.
Segundo o relatório da PF, tanto Carlos Rocha, quanto Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro agiram “de forma dolosa” ao insistirem “na contestação formal do resultado das eleições perante o TSE”.
“Os investigados, mesmo cientes da chance remota de êxito, adotaram a referida estratégia com a finalidade de servir de fundamento para a tentativa de golpe de Estado, que estava em curso”, diz o documento.
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