Ex-vice-presidente da Caixa é demitido após denúncias de assédio sexual e moral
Antônio Carlos Ferreira de Sousa era funcionário de carreira do banco desde 1989
22 NOV 2024 • POR Pedro Molina • 19h43O ex-vice presidente da Caixa Econômica Federal (CEF) Antônio Carlos Ferreira de Sousa, foi demitido nesta sexta-feira (22) por justa causa, em decorrência de denúncias de assédio sexual e moral.
A punição ocorreu após a conclusão do processo de investigação instaurado pela Caixa, que foi encaminhado pela própria estatal à Controladoria-Geral da União (CGU), que determinou a demissão.
Funcionário de carreira da Caixa desde 1989, Antônio Carlos Ferreira foi cedido, em 2003, ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), onde ficou até 2018, sendo nomeado vice-presidente de Logística e Operações do banco, durante a presidência de Pedro Guimarães, em 2021.
Conforme o investigado pela CGU, as denúncias apontavam perseguições a empregados, destituições de funções sem justificativa e práticas reiteradas de assédio sexual.
“Diante da gravidade das acusações e da relevância do cargo envolvido, a apuração foi conduzida pela Corregedoria-Geral da União, que confirmou a veracidade dos relatos. De acordo com a investigação, o assédio moral se manifestava por meio de tratamento desrespeitoso, humilhações constantes, ameaças e constrangimento aos trabalhadores. Já o assédio sexual incluía condutas como elogios inadequados, insinuações de cunho sexual e convites insistentes, gerando intimidação e desconforto às vítimas”, informou a CGU em nota.
Segundo o órgão Federal, a decisão “reforça o compromisso com a criação de um ambiente de trabalho respeitoso e a adoção de medidas firmes contra condutas abusivas. O caso destaca a importância de canais de denúncia e de investigações rigorosas para combater práticas incompatíveis com os valores institucionais”.
Ao portal de notícias Metrópoles, a Caixa informou que “que não tolera nenhum tipo de assédio por parte dos seus dirigentes ou empregados e que, após as denúncias, iniciou apurações sobre o caso por meio de sua Corregedoria”.
“Com a ciência da decisão da CGU, a Caixa iniciará as providências devidas para o cumprimento”, afirmou a estatal.
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