Polícia fecha boca de fumo que funcionava como ponto de prostituição na Moreninha
No local, alguns adolescentes foram encontrados
19 NOV 2024 • POR Brenda Assis • 18h24Uma boca de fumo, que também era usada como ponto de exploração infantil, foi fechada pela Polícia Civil, através da DENAR (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), durante a terça-feira (18), na Moreninha III.
Conforme as informações policiais, no dia 7 de novembro a primeira denúncia sobre o caso foi feita na Denar. Ontem (18), os investigadores da Especializada realizaram à abordagem de um homem, de 40 anos, que estava manuseando uma porção de pasta base de cocaína, a qual ele confessou ter acabado de comprar na boca de fumo.
Diante da situação flagrancial, os policiais retornaram ao endereço, onde anunciaram a entrada e deram início às abordagens. Inicialmente, os policiais perceberam a presença de quatro mulheres na varanda, sendo três adolescentes de 14 e 13 anos, além de uma jovem de 20 anos. No local, um adolescente de 16 anos estava com três porções de pasta base de cocaína escondidas no cós da sua calça.
Os proprietários do imóvel, de 44 e 45 anos, foram detidos no local. O homem estava nos fundos do imóvel, próximo a uma balança de precisão com resquícios de drogas, que ele cobriu com um lençol quando a polícia entrou na casa.
Em um dos quartos do imóvel, os policiais encontraram um prato com resquício de drogas, e diversas porções de pasta base de cocaína prontas para serem comercializadas, em cima de um armário. Dentro deste armário, foi localizado um pote com porções de cocaína prontas para serem comercializadas.
A outra proprietária da casa estava no quarto do casal, junto com um tablete de maconha e anotações relacionadas ao tráfico de drogas.
Para as autoridades, a jovem de 20 anos contou que era garota de programa em outro local, confirmando que a casa funciona como uma boca de fumo. Em atenção ao sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência, estabelecido pela Lei 13.431/17, os policiais foram orientados a não entrevistar as adolescentes surpreendidas no local.
O jovem de 16 anos confirmou vender a porção de pasta base de cocaína pelo valor de R$ 10.
Apesar das alegações, o dono da casa negou ser morador e disse ter ido ao local apenas para almoçar, mas não soube explicar porque estava com a balança.
Diante da situação, o adolescente foi levado para a DEPAC (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) CEPOL, pela prática de ato infracional análogo, em tese, ao crime de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, onde foi ouvido e liberado.
Enquanto isso, os suspeitos maiores de idade foram conduzidos à DENAR, juntamente com os objetos apreendidos, onde foram autuados em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico.