Brasil

Autor de atentado no STF tinha mais explosivos em casa alugada

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso

14 NOV 2024 • POR Sarah Chaves • 12h55
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/AB

A investigação acerca das explosões ocorridas na noite de quarta-feira (13), em atentado praticado por Francisco Wanderley Luiz, serão conduzidas pela Polícia Federal (PF), com estratégia semelhante à reconstrução de cenário na identificação dos crimes de 8 de janeiro de 2023.

Conforme já apurado pela Polícia Militar do Distrito Federal, "Tiu França", como Francisco era conhecido, é de Rio do Sul (SC), mas tinha residência alugada no DF, onde foram encontrados artefatos explosivos. De acordo com porta-voz da PMDF, Raphael Van Der Broocke, ao g1, os artefatos são do mesmo tipo dos usados em frente ao STF.  

No local onde ocorreram as explosões, o primeiro procedimento que os peritos da PF deve fazer é a identificação de todos os vestígios, além de uma identificação das imagens da área com ferramentas tecnológicas 3D a fim de compreender, em detalhes, a dinâmica do ataque.

Os peritos criminais da Polícia Federal atuarão nas investigações das explosões na Praça dos Três Poderes e no Anexo 4 da Câmara dos Deputados. Profissionais do Instituto Nacional de Criminalística (INC), que são especialistas em perícias de locais de crime e bombas e explosivos, foram acionados logo depois da ocorrência. A PF abriu inquérito para investigar o caso. 

Os vestígios coletados serão posteriormente analisados para identificar e confirmar o tipo de explosivo utilizado, a possível origem e outras evidências que possam indicar se a ação foi planejada e se teve participação individual ou em grupo.

Em uma postagem nas redes sociais, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse ter certeza que a Polícia Federal irá esclarecer o caso.

"Já sabemos que foi muito grave o que aconteceu. Já sabemos que o carro com os explosivos pertence a um candidato a vereador do PL de SC. Provavelmente a perícia vai confirmar que se trata da mesma pessoa que tentou entrar no STF depois morreu detonando explosivos na área externa no tribunal", avalia Pimenta.

"Sabemos que ele esteve na Câmara, ainda não sabemos (amanhã com certeza) que gabinetes visitou. Quando e como veio de SC? Sozinho? Acompanhado? Alguém pagou? Onde estava hospedado? Os explosivos foram adquiridos onde? Com quem falou no telefone hoje? Essas e outras respostas a PF vai com certeza rapidinho nos responder. Golpistas não passarão."