Polícia

PF mira em traficantes de organização criminosa e cumpre mandados em três cidades de MS

Amambai, Naviraí e Mundo Novo tinham alvos da investigação feita na Operação Pó de Serra

12 NOV 2024 • POR Brenda Assis • 08h41

A Polícia Federal cumpriu mandados da Operação Pó de Serra em três cidades de Mato Grosso do Sul, durante as primeiras horas da manhã desta terça-feira (12). A ação visa desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína.

Conforme as informações policiais, foram cumpridos 63 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Federal de Guaíra (PR), sendo 36 de busca e apreensão e 27 de prisão preventiva, nos municípios de Amambai, Naviraí, Mundo Novo no Mato Grosso do Sul, Umuarama (PR), Guaíra (PR) Maringá (PR) e Rolândia (PR).

A investigação teve início no final de 2023, a partir da prisão em flagrante em Guaíra, de um casal transportando 53 kg de cocaína que seria entregue em Umuarama. Durante o período de levantamentos outras 11 prisões em flagrante de integrantes da organização criminosa por tráfico de drogas foram efetuadas. No total, foi apreendida quase 1 tonelada de cocaína, porém estima-se que desde 2020, o grupo criminoso tenha transportado mais de 20 toneladas da droga.

Conforme foi apurado, os motoristas da organização normalmente carregavam a droga em Pedro Juan Caballero e desciam até a região de Katueté, no Paraguai, por uma rodovia brasileira que corta as cidades de Amambai, Tacuru e Sete Quedas, no Mato Grosso do Sul. Dentro do Paraguai os criminosos decidiam se retornavam para o Brasil na região de Guaíra ou Foz do Iguaçu (PR).

O destino da droga incluía diversas cidades, dentre elas: Umuarama, Maringá e Curitiba, assim como cidades localizadas em Santa Catarina como Balneário Camboriú, Itajaí e Joinville.

No transporte da droga o grupo utilizava homens e mulheres, simulando um casal, com a finalidade de dissimular o real motivo da viagem em caso de abordagens policiais ocorridas no trajeto.

Com o objetivo de cortar o capital de giro da organização criminosa, foi determinada a apreensão de bens móveis e imóveis, além do bloqueio de contas no valor de até R$ 389 milhões, vinculadas a 31 investigados.

A investigação contou com o apoio do GISE (Grupo de Investigações Sensíveis) da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) e a deflagração teve apoio de equipes do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) da Polícia Militar do Paraná e do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (TIGRE) da Polícia Civil do Paraná.

Os envolvidos deverão responder pela prática de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e participação em Organização Criminosa. Esses crimes possuem penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 55 anos de prisão.