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Brasil investirá R$ 597 bilhões em energia elétrica até 2034

Demanda por energia aumentará 25% até 2034, diz governo R$ 597 bilhões

8 NOV 2024 • POR Sarah Chaves • 12h35
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

A demanda pela matriz energética, que considera petróleo, gás e outras fontes de energia irá aumentar 25% até 2024, conforme estudo realizado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Além disso, setor energético receberá investimentos de cerca de 3,2 trilhões nos próximos 10 anos.

O caderno de Consolidação do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034 foi publicado na última quinta-feira (7). Durante o evento de lançamento, foi aberta a consulta pública do plano.

O investimento será dividido em energia elétrica (18,7%): R$ 597 bilhões; petróleo e gás natural (78,1%): R$ 2,5 trilhões; biocombustíveis líquidos (3,2%): R$ 102 bilhões.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o setor elétrico vai responder à demanda com mais leilões de transmissão e com armazenamento de baterias.

“A segurança energética das brasileiras e brasileiros vai seguir como prioridade. A transição energética vai fortalecer diversas fontes de energia, especialmente as renováveis”, disse.

O governo estima que os ganhos com as políticas de eficiência energética vão representar uma economia de 7%, em relação ao que o Brasil consumiu em 2023. No setor elétrico, isso significa uma economia de 40 terawatts-hora, o equivalente a soma da geração de energia por Itaipu e Furnas.

A demanda por minerais estratégicos, como cobre, níquel, cobalto e zinco, para a expansão do setor elétrico crescerá 58%.

A Oferta Interna de Energia (OIE) da matriz deverá crescer a uma taxa média de 2,2% ao ano, alcançando 394,3 milhões de toneladas equivalente de petróleo (tep) em 2034.

O estudo prevê também o aumento na disponibilidade de energia por habitante no Brasil, com a OIE per capita passando de 1,45 tep/hab para 1,72 tep/hab em 2034. A estimativa é inferior à média mundial de 2019, de 1,87 tep/hab.

O caderno estima que a participação de energias renováveis na matriz energética nacional permaneça 50% ao longo de todo o horizonte projetado até 2030, quando se considera o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7, que visa garantir energia limpa e acessível.

O Brasil deve atingir um nível médio de renovabilidade de 86,1% em 10 anos, observando a predominância da geração elétrica a partir de fontes renováveis, como hidrelétrica, biomassa, eólica e solar.

A participação da autoprodução e da geração distribuída na geração de eletricidade crescerá de 15% em 2024 para 17% em 2034, com destaque para as maiores contribuições da biomassa (biogás, bagaço de cana, lixívia e lenha) e da energia solar.