Esportes

Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo de operação da PF

Ação foi deflagrada após alertas da CBF sobre apostas suspeitas relacionadas a cartões recebidos pelo jogador

5 NOV 2024 • POR Carla Andréa, com Metrópoles • 16h10

Na manhã desta terça-feira (05), o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) devido a suspeitas de manipulação criminosa em um jogo do Brasileirão 2023.

A ação faz parte da operação Spot-Fixing, que investiga a manipulação de aspectos específicos de partidas, não relacionados ao resultado final.

De acordo com o MPDFT, Bruno Henrique teria agido de forma deliberada para ser punido com cartões durante a partida entre Flamengo e Santos, realizada em 1º de novembro de 2023, no Estádio Mané Garrincha.

O jogador recebeu um cartão amarelo e, em seguida, um cartão vermelho por ofender o árbitro. A suspeita é de que o atacante buscou essa punição para beneficiar familiares que, previamente informados, realizaram apostas em plataformas virtuais.

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em residências de pessoas suspeitas, incluindo familiares de Bruno Henrique, que teriam criado contas de apostas na véspera do jogo citado. A PF e o MPDFT afirmam que os suspeitos obtiveram ganhos indevidos com essas apostas.

As buscas foram autorizadas pela 7ª Vara Criminal de Brasília e ocorreram em vários locais, incluindo na casa de Bruno Henrique, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, a sede de uma empresa da qual ele é sócio, em Lagoa Santa, e o quarto do jogador no Centro de Treinamento do Flamengo.

Durante a operação, foram apreendidos celulares, computadores e outros itens pessoais. A investigação foi desencadeada após a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitir alertas sobre um volume incomum de apostas relacionadas à expectativa de que Bruno Henrique receberia um cartão na partida contra o Santos.

Historicamente, a probabilidade de punição do atacante era de cerca de 20%, mas a operação identificou uma concentração de apostas que sugeria um conhecimento prévio dos apostadores, com uma taxa de 90% em algumas casas de apostas.

As investigações podem levar a acusações por crimes previstos na Lei Geral do Esporte, incluindo fraude de partida, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e, se outras manipulações forem descobertas, associação criminosa.

JD1 No Celular

Acompanhe em tempo real todas as notícias do Portal, clique aqui e acesse o canal do JD1 Notícias no WhatsApp e fique por dentro dos acontecimentos também pelo nosso grupo, acesse o convite.

Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 no iOS ou Android.