Justiça

Caso Marielle: Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são condenados

Lessa foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio foi condenado a 59 anos e 8 meses de prisão; no entanto, os dois devem deixar a cadeia em menos de 10 anos devido acordo de delação premiada

31 OUT 2024 • POR Pedro Molina • 18h00
Foto: Brunno Dantas/TJRJ

Nesta quinta-feira (31), exatos 6 anos, 7 meses e 17 dias desde os assassinatos da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, o 4º Tribunal do Júri do Rio condenou os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, que já haviam confessado os crimes.

O ex-policial militar Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram a vereadora carioca e seu motorista em 14 de março de 2018, foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão. Já Élcio Queiroz, também ex-policial militar, que dirigiu o Cobalt usado no crime, foi condenado a 59 anos e 8 meses de prisão.

Apesar da condenação, por terem firmado acordos de delação premiada, o período em que passarão presos será reduzido.

"A Justiça por vezes é lenta, é cega, é burra, é injusta, é errada, é torta, mas ela chega. A Justiça chega para aqueles que como os acusados acham que jamais serão atingidos pela Justiça", disse a juíza Lúcia Glioche na leitura da setença.

Ronnie e Élcio foram enquadrados nos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves - assessora de Marielle que estava no carro com a vereadora e sobreviveu ao atentado - e receptação do Cobalt prata, clonado, que foi usado no crime.

Apesar da condenação, Élcio Queiroz ficará preso, no máximo, por 12 anos em regime fechado, enquanto Ronnie Lessa deve passar apenas 18 anos atrás das grades, e mais 2 anos em regime semiaberto.

Os prazos começam a contar na data em que foram presos, em 12 de março de 2019, ou seja, Élcio pode deixar a cadeia em 2031, enquanto Lessa iria para o semiaberto em 2037, e ficaria livre em 2039.

Comoção

Com a condenação, familiares de Marielle e de Anderson caíram em lágrimas no tribunal, com muita comoção acompanhando a sentença contra os assassinos da vereadora e seu motorista.

Os pais da vereadora, Marinete e Antônio, e a filha de Marielle, Luyara, junto de Mônica Benício, viúva da vereadora, e Ágatha Reis, que era casada com Anderson, se abraçaram e choraram juntos ao saberem da condenação.

 

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