Política

Procurador da Venezuela acusa Lula de manipulação para vetar entrada do país nos Brics

Tarek William Saab afirmou que o presidente brasileiro usou um acidente como pretexto para evitar participar da cúpula

26 OUT 2024 • POR Carla Andréa, com CNN • 16h51
Lula sofreu acidente doméstico - Marcelo Camargo/Agência Brasil

O procurador-geral do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou neste sábado (26) que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “manipulou” o acidente que sofreu na cabeça antes da cúpula dos Brics.

O motivo seria para justificar a exclusão do governo de Nicolás Maduro. Saab pediu uma investigação sobre as ações de Lula. 

“Fontes diretas e próximas do Brasil me informaram que o presidente Lula da Silva manipulou um suposto acidente para usá-lo como pretexto para não participar da recente Cúpula dos Brics”, escreveu o procurador em um texto publicado nas redes sociais pelo perfil do Ministério Público.

Ele alegou que a versão apresentada sobre o acidente que impediu Lula de viajar à Rússia não passava de uma farsa para efetivar o veto à Venezuela,evitando as suas responsabilidades com o presidente Vladimir Putin, os demais líderes presentes e, em especial, com Maduro.

Saab sustentou sua acusação ao compartilhar um vídeo do primeiro ato público de Lula após o acidente doméstico que ocorreu há uma semana e que o impediu de comparecer à cúpula. No evento, foi possível notar a cicatriz na cabeça do presidente, com cinco pontos próximos à nuca.

Contudo, para Saab, a aparição de Lula “sorridente e em boas condições” evidencia que ele utilizou o suposto “acidente” para enganar o mundo, razão pela qual deveria ser investigado.

O procurador-geral também mencionou um “grande mal-estar na esquerda latino-americana” em decorrência do que classificou como uma “atuação indigna e nefasta” do governo brasileiro ao “vetar e agredir covardemente a Venezuela.”.

A chancelaria venezuelana qualificou, na última quinta-feira (24), a decisão do Brasil de vetar a entrada da Venezuela nos Brics como uma “agressão” e um “gesto hostil”. Em um comunicado, a pasta expressou que o povo venezuelano sente “indignação e vergonha por essa agressão inexplicável e imoral da chancelaria brasileira, que mantém o pior das políticas de Jair Bolsonaro contra a Revolução Bolivariana.”

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