Saúde

Com 60 registros este ano, Capital alerta sobre aumento de casos de hepatite A

A situação preocupa a Sesau, tendo em vista que em 2023 nenhum caso da doença foi registrado em Campo Grande

25 OUT 2024 • POR Brenda Leitte • 15h51
Teste de hepatite A - Foto: Divulgação

Com 60 casos confirmados de hepatite A em Campo Grande este ano, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) emitiu um alerta à população sobre o aumento no número de casos da doença. Apesar do número, não houve mortes.

De acordo com os dados divulgados pela pasta, no ano passado, não houve nenhum caso de hepatite A na Capital. No entanto, esse crescimento não se limita a Campo Grande. Outras capitais como São Paulo e Florianópolis, registraram aumento de casos no ano passado, e mais recentemente Curitiba também observou elevação nos registros.

"A Sesau está em constante diálogo com o Ministério da Saúde para implementar novas ações de controle da hepatite A. A secretaria já iniciou o levantamento do perfil epidemiológico dos pacientes, realiza busca ativa de novos casos e orienta todas as pessoas que tiveram contato próximo com os infectados", disse em nota.

Doença, contaminação, detecção e tratamento

A hepatite A é uma doença infecciosa causada por um vírus, de evolução autolimitada e que pode ser prevenida por vacina. A transmissão é fecal-oral (contato de fezes com a boca).

A doença tem grande relação com alimentos ou água contaminados, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal. Outras formas de transmissão são o contato pessoal próximo e o contato sexual.

Os sintomas se manifestam inicialmente como: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais como: enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia.  São sinais ainda da doença a urina escura e a pele e os olhos amarelados (icterícia). Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses. O diagnóstico é realizado por exame de sangue. Não há nenhum tratamento específico para hepatite A.

O mais importante é evitar a automedicação para alívio dos sintomas, principalmente o medicamento paracetamol, que pode piorar o quadro. A hospitalização está indicada apenas nos casos de insuficiência hepática aguda. É de extrema importância que o isolamento de contato seja realizado até o final da segunda semana da doença.

Vacina

A vacina contra a hepatite A faz parte do calendário infantil, no esquema de 1 dose aos 15 meses de idade (podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos – 4 anos, 11 meses e 29 dias).

A vacina também está disponível no CRIE (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais) para pessoas acima de 1 ano de idade, com algumas condições de saúde como, por exemplo, os portadores de Hepatopatias crônicas, da hepatite B e coagulopatias, doença imunodepressora, fibrose cística, trissomias e pessoas vivendo com HIV ou aids.

O CRIE em Campo Grande fica no ambulatório do HRMS, localizado na Avenida Engenheiro Lutero Lopes, 36, Bairro Aero Rancho.

 

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