Justiça

Acusado de atirar e matar dois adolescentes tenta escapar de julgamento

Aysla Carolina de Oliveira Neitzke e Silas Ortiz, ambos de 13 anos, foram mortos na noite de 5 de maio deste ano

22 OUT 2024 • POR Vinícius Santos • 09h00
Silas e Aysla foram mortos por engano - Redes Sociais

João Vitor de Souza Mendes, de 19 anos, solicita que a Justiça rejeite a denúncia feita pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), que o aponta como responsável pelos disparos que mataram Aysla Carolina de Oliveira Neitzke e Silas Ortiz, ambos de 13 anos, no Jardim das Hortências, em Campo Grande.

As vítimas foram atingidas por balas perdidas na noite de 5 de maio deste ano. Além das duas vítimas fatais, Pedro Henrique Silva Rodrigues, que seria o alvo dos tiros, foi atingido na perna, mas sobreviveu.

A defesa de João Vitor argumenta que não há provas suficientes para incriminá-lo. Segundo os advogados, não há materialidade que vincule o jovem ao crime. O réu não teria confessado a prática do delito, e a defesa questiona a confiabilidade das provas apresentadas pelo MPMS, como o laudo de exame de armas de fogo e munições, bem como o confronto balístico. 

O advogado sustenta que as digitais do acusado não foram encontradas na arma apreendida, e todos os envolvidos ouvidos no processo negaram a participação de João Vitor no crime. A defesa ainda alega que o jovem possui uma ficha de antecedentes limpa, sem processos transitados em julgado, destacando que ele estava no local errado e na hora errada.

A defesa pede a rejeição da denúncia com base no artigo 414 do Código de Processo Penal, afirmando que não existem indícios suficientes de autoria para levar o acusado a julgamento.

Outros apontados por envolvidos no crime - Além de João Vitor, outros envolvidos foram identificados e presos em conexão com o caso:

- Nicollas Inácio Souza da Silva: piloto da moto usada no crime.

- Kleverton Bibiano Apolinário ("Pato Donald"): presidiário apontado como mandante do crime e fornecedor da arma.

- Rafael Mendes de Souza ("Jacaré"): dono da casa onde o crime foi planejado.

- George Edilton Dantas Gomes: motorista de aplicativo, de 40 anos.

O caso segue em andamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.

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