Justiça

Justiça nega liberdade a motorista de App envolvido na morte de adolescentes

juiz Aluizio Pereira dos Santos decidiu manter George Dantas na prisão, destacando a gravidade dos crimes

4 OUT 2024 • POR Vinícius Santos • 12h11
Silas e Aysla foram mortos por engano - Redes Sociais

A Justiça negou pela terceira vez o pedido de liberdade de George Edilton Dantas Gomes, motorista de aplicativo de 40 anos, preso sob suspeita de envolvimento na morte de dois adolescentes, Aysla Carolina de Oliveira Neitzke e Silas Ortiz, ambos de 13 anos, no Jardim das Hortências, em Campo Grande. 

As vítimas foram atingidas por uma "bala perdida" na noite de 5 de maio deste ano. Um terceiro indivíduo, Pedro Henrique Silva Rodrigues, que era o alvo do ataque, foi ferido na perna, mas sobreviveu.

A defesa de George Dantas apresentou argumentos alegando que o réu não possui antecedentes criminais, possui uma ocupação lícita e que há contradições nos depoimentos de co-acusados, como Nicollas Inácio Souza e Walter Lisboa da Silva. A defesa também sustentou que George não participou do crime e que não há riscos à investigação que justifiquem a manutenção da prisão preventiva.

Porém, a Promotora de Justiça, Luciana do Amaral Rabelo, se manifestou contra a revogação da prisão, afirmando que existem indícios de materialidade e autoria. O juiz Aluizio Pereira dos Santos, ao analisar o caso, reiterou que não houve mudança na situação fática que justificasse a alteração da situação prisional e destacou a gravidade dos delitos, especialmente por envolver vítimas menores de idade.

O magistrado também mencionou que George inicialmente negou conhecimento dos fatos, mas acabou confessando sua participação em uma suposta organização criminosa e facilitou a fuga dos envolvidos.

Com base no parecer ministerial e no artigo 312 do Código de Processo Penal, o juiz indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva de George Edilton Dantas Gomes, mantendo-o sob custódia.

Além de George, outros quatro indivíduos estão presos em conexão com o caso:

- Nicollas Inácio Souza da Silva, piloto da moto usada no crime.

- Kleverton Bibiano Apolinário, conhecido como "Pato Donald", presidiário apontado como mandante do crime e fornecedor da arma utilizada.

- Rafael Mendes de Souza, de 18 anos, conhecido como "Jacaré", dono da casa onde o crime foi planejado.

- João Vitor de Souza Mendes, de 19 anos, responsável pelos disparos que resultaram nas mortes.

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