Polícia Federal estoura "arapuca" de Fake News contra Beto

Agentes bateram à porta de três 'bocadas' para desbaratar esconderijos usados na produção de factóides contra candidato do PSDB

Equipes de policiais federais saíram às ruas em Campo Grande e cumpriram três mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (3). A operação investiga a produção de fake news contra o candidato a prefeito pelo PSDB, Beto Pereira. A ação foi autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e teve como alvos uma agência de recrutamento de atores, um ator e um influenciador digital no Instagram.

Segundo a decisão do desembargador Sideni Soncini Pimentel, os mandados foram cumpridos nos seguintes endereços: na residência de Matheus dos Santos Lopez, na Rua Joaquim Vieira de Almeida, no bairro Jardim Aeroporto; na casa de Marcos Antônio Davalo Gimenes, na Rua Pimenta Bueno, no bairro Amambaí; e na sede da empresa TAG ME Mídias, localizada na Avenida Afonso Pena, no Jardim dos Estados.

A investigação teve início após denúncias de que a agência de atores foi contratada para selecionar um intérprete semelhante a Beto Pereira, com a finalidade de criar um vídeo falso que continha ataques e declarações difamatórias. Este material foi amplamente distribuído em grupos de WhatsApp, impactando eleitores na véspera da eleição.

Durante as buscas, a Polícia Federal apreendeu computadores, celulares e documentos que podem ajudar a identificar os responsáveis pela produção das fake news. Além das buscas, um inquérito está em andamento para investigar outros envolvidos no esquema. Os responsáveis podem enfrentar penalidades que variam de multas a sanções penais.

Os indivíduos investigados devem ser ouvidos em juízo de primeiro grau, conforme determinação do desembargador. Eles precisarão esclarecer as razões de suas ações, se por convicção pessoal ou a mando de alguém. Os aparelhos e documentos apreendidos passarão por perícia para a extração de possíveis provas.

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