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Queimadas em setembro é 30% maior que a média do mês; MS tem 11.990 focos registrados

Estado teve o maior aumento, cerca de 601%, mas não o maior número de incêndios

30 SET 2024 • POR Luiz Vinicius, com informações da Agência Brasil • 09h41
Militares combatendo focos de incêndio no Pantanal - Saul Schramm

Setembro teve um aumento bastante considerável no quesito registro de queimadas, onde teve 30% maior que a média histórica que vinha sendo apresentada nos anos anteriores. O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) aponta que o mês já contabilizou mais de 80 mil focos de incêndio e a tendência é que 2024 tenha o maior número de incêndios desde 2010.

Os dados indicam que essa média pode ser superada, pois o mês de setembro teve aumento de 311%, passando de 18 mil focos em 2023 para 75 mil em 2024.

Mato Grosso do Sul é o estado que mais contabilizou alta, mas não o maior número de queimadas, conforme o levantamento. Segundo o Inpe, a região sul-mato-grossense teve aumento de 601% e 11.990 focos registrados neste ano. O Distrito Federal, com 269%, ainda que com apenas 318 focos; e Mato Grosso, 217%, com 45 mil focos, tornando-se o estado com o maior número no país neste ano, ultrapassando o Pará.

Completam o ranking dos maiores aumentos dois estados do Sudeste, com números totais de queimadas menos representativos, porém com grande aumento: São Paulo e o Rio de Janeiro. O aumento para os paulistas foi de 428% em setembro, com 7855 focos ativos. No Rio, foi de 184%, ou 1074 focos.

Em São Paulo, grande parte dos focos esteve concentrada em setembro, quando o estado registrou 2.445 focos ativos, 3% das ocorrências em todo o território nacional. Nas últimas 48 horas, o estado registrou 65 focos ativos, de acordo com  o Inpe. A Defesa Civil estadual informou que quatro municípios registraram focos nesse domingo (29), entre eles Luiz Antônio, na região de Ribeirão Preto, onde o combate se concentra na Estação Ecológica do Jataí. Somente lá atuam 133 agentes, entre defesa civil, bombeiros, brigadistas e voluntários. São 42 veículos, entre caminhões pipa, tratores e camionetes 4×4. Usinas da região uniram-se à força-tarefa enviando brigadistas e veículos de apoio. Seis aeronaves, sendo quatro aviões e dois helicópteros, também foram mobilizados nessa frente. 

Desde o começo das medições, o país teve mais de 300 mil focos apenas em seis anos: 2002, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010. Neste ano de 2024 caminha para a volta dessa marca. Com seus 208 mil focos registrados, está atrás somente dos totais de 2020, com 222.797 focos, e 2015, com 216.778, considerando apenas os últimos dez anos.