Justiça

Ex-esposa de réu no caso Playboy da Mansão diz que foi 'coagida' por delegados

Ela alegou que sua permanência na delegacia foi marcada por abuso e falta de contato com a família; entenda

17 SET 2024 • POR Vinícius Santos e Brenda Assis • 09h45
Eliane Benites Batalha dos Santos - Depoimento no 2º Dia de Júri do Caso 'Playboy da Mansão' - - Foto: Brenda Assis

No segundo dia do júri do caso de Marcel Costa Hernandes Colombo, conhecido como ‘Playboy da Mansão’, Eliane Benites Batalha dos Santos, ex-esposa do réu Marcelo Rios, prestou depoimento pela defesa de Rios.

Eliane afirmou que, em 22 de maio, os delegados Fábio Peró e João Paulo Sartóri a informaram que estava em risco e a conduziram à Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros (GARRAS) para proteção. Ela permaneceu na delegacia até 27 de maio, período durante o qual sua mãe a procurou em diversos lugares.

Durante o depoimento, Eliane alegou ter sido “coagida” pelos delegados. Segundo ela, os delegados mostraram fotos e vídeos ameaçadores e disseram que ela seria morta, momento que acabou depondo — incriminando o grupo criminoso de Jamil Name Filho e consequentemente Marcelo Rios. Ela afirmou que, apesar de ter chorado e dito que faria qualquer coisa para proteger seus filhos, foi induzida a declarar contra Rios.

Eliane disse que descobriu quem era o ‘Playboy da Mansão’ quando Peró mostrou um vídeo do assassinato e alegou que Marcelo Rios era o autor. Ela também relatou que não foi informada sobre possíveis conflitos de interesse devido à sua ligação afetiva com Rios.

Ela mencionou que, durante sua estadia na delegacia, seu celular foi retido e as mensagens foram respondidas por agentes policiais, deixando-a sem contato com sua família. Eliane relatou que os policiais a colocaram em uma viatura e apontaram um fuzil para ela. 

Eliane afirmou que o delegado Fábio Peró “passou do limite” e que a história do depoimento foi criada pelos delegados. Ela também revelou que aceitou inicialmente entrar no programa de proteção de testemunhas devido a ameaças de morte, mas depois desistiu. O depoimento continua sendo apresentado no julgamento.

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