Justiça

Caso Playboy da Mansão: Testemunha diz que Jamil estava 'obcecado em matar Colombo'

Todas as testemunhas arroladas pelo Ministério Público foram ouvidas nesta segunda-feira

16 SET 2024 • POR Brenda Assis e Brenda Leitte • 16h51
Delegado João Paulo Natali Sartori prestando seu depoimento - Foto: Brenda Leitte

Dando continuidade ao júri popular sobre o assassinato de Marcel Costa Hernandes Colombo, o "Playboy da Mansão", o delegado João Paulo Natali Sartori e o escrivão Giancarlos de Araújo e Silva foram ouvidos no começo da tarde de hoje (16).

Durante seu depoimento, o delegado explicou alguns assuntos referente a prisão de Marcelo Rios e o depoimento da esposa do réu ao GARRAS (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro), onde ela detalhou e confirmou que existia um plano, criado por Jamil Name Filho, para matar Marcel.

Outro ponto levantado por Sartori, assim como no depoimento dado pelo delegado Tiago Macedo dos Santos, que prestou depoimento durante a manhã desta segunda-feira, foi sobre a falta de perícia minuciosa no bilhete escrito por um detento da Penitenciária Federal de Mossoró, onde o advogado questionou a falta do exame grafotécnico na prova usada pelos investigadores na Operação Omertà.

“As circunstâncias que ele foi apreendido não deixaram duvida da grafia e de que ele foi escrito pelo tal detento”, declarou Sartori.

Depois de 1h30 de depoimento do delegado, o escrivão Giancarlos de Araújo e Silva passou a ser ouvido pelo júri na 2[O1] ° Vara do Tribunal do Júri. Ele falou sobre o fato de ‘Jamilzinho’ ter “ficado obcecado em tirar a vida de Colombo”

“A partir da briga na boate da Afonso Pena, Jamilzinho ficou obcecado em tirar a vida do Marcel. O pai (Jamil Name) era contra matar o ‘Playboy da Mansão’, porque conhecia o pai dele. Mas aí saiu do controle e o Jamil conseguiu o que queria”, disse Giancarlos.

Outra questão recordada pelo escrivão foi a famosa frase, dita por Jamilzinho e sua esposa em um áudio de WhatsApp, onde ele dizia que iriam morrer de picolezeiros a governador. “Depois que eles foram presos, não houve mais mortes desse modelo. Ele falou que teria morte de picolezeiro a governador, e com as prisões durante a operação, nem picolezeiro e nem ‘governador’ foram mortos”, finalizou.

A defesa de Jamil Name, que havia arrolado três testemunhas para depor neste primeiro dia de julgamento, desistiu de duas, sendo que neste momento apenas Marcelo Oliveira Provenzi está prestando depoimento.

Julgamento continua e está agendado para os dias 16 a 19 de setembro, com o dia 20 reservado para possíveis imprevistos.