Estudo inédito do Senai MS irá mapear matérias orgânicas para geração de energia limpa
Ao final do projeto, as informações serão compiladas para acesso de empresas da indústria
27 AGO 2024 • POR Sarah Chaves, com informações da assessoria • 13h49A busca por matérias-primas necessárias para criar alternativas limpas para a geração de energia é dos objetos de uma pesquisa inédita do Instituto Senai de Inovação em Biomassa, de Três Lagoas, que vai mostrar o mapeamento de biomassas residuais do Brasil.
Segundo o diretor do Instituto, João Gabriel Marini, o Brasil é uma potência mundial na produção de biomassa e disponibilizar essas informações de forma organizada pode estimular a adoção de práticas renováveis. “Para isso contamos com o apoio de grandes empresas, de diversos setores e que já visualizaram a importância deste estudo para suas estratégias internas que consideram a biomassa como umas das chaves da transição energética da indústria brasileira”.
Desenvolvida em parceria com as empresas ArcelorMittal Brasil S/A, Bionow S.A., Atiaia Energia S/A , Tupy S.A., Vamtec Group e Votorantim Cimentos, o estudo busca fazer um levantamento das matérias orgânicas, vegetais ou animais, com potencial energético, capazes de serem utilizadas nas indústrias.
Serão mapeados três tipos de resíduos oriundo da biomassa: agrícolas, da silvicultura (florestas) e animais (bovino, suíno e aves). Nas amostras, serão avaliadas questões técnicas quanto a geração de energia, sazonalidade, logística e volume de resíduo gerado. Além disso, será realizado estudo sobre as tecnologias disponíveis para melhor aproveitamento energético dos itens mapeados.
“Será um mapeamento tanto do ponto de vista de disponibilidade e qualidade de biomassa, quanto das tecnologias de processamentos existentes e maduras para a implementação no Brasil. Buscaremos, com o estudo, identificar os desafios a serem superados e as oportunidades de negócios para as empresas do grupo e todas as outras interessadas”, explica a pesquisadora do ISI responsável por coordenar o projeto, Luiza Paula da Conceição Lopes.
“A ideia é que, ao final do projeto, possamos disponibilizar essas informações compiladas em uma plataforma onde as empresas poderão acessá-lo de onde estiverem”, explica Luiza.
A atuação das empresas parceiras é centrada na tomada de decisões sobre as escolhas das biomassas a serem priorizadas no estudo. As informações geradas irão dar subsídios para promoção da transição energética.
Também fazem parte do projeto a Apla (Arranjo Produtivo Local do Álcool de Piracicaba), o Instituto Senai de Tecnologia em Meio Ambiente, de Minas Gerais, e o Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados, de Santa Catarina.