Opinião

Opinião: O Marçalismo ou o Novo Bolsonarismo

25 AGO 2024 • POR Sasha van Lammeren - Jornalista, Mestre em Comunicação Política e Doutorando em Ciência Política • 10h38
Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo - Reprodução

INTRODUÇÃO

Nas eleições municipais de 2024, em especial na disputa pela prefeitura da cidade de São Paulo, um novo fenómeno político parece estar surgindo e um cenário de polarização atualizada parece, igualmente, sugerir como será a eleição presidencial de 2026. Numa eleição aonde duas cartas marcadas já estavam colocadas nas figuras de Ricardo Nunes (atual prefeito de São Paulo) e Guilherme Boulos (ex-candidato e deputado pelo PSOL, sugerido por nós como potencial sucessor do lulismo), o surgimento de Pablo Marçal mexe no xadrez político e nos coloca uma questão: estaria o bolsonarismo evoluindo para uma nova versão?

Como explorado no texto ‘Lulismo e Bolsonarismo’, vimos que o fenómeno do ‘bolsonarismo’ é uma continuidade sociológica do que, em outros períodos da história brasileira, já foi o ‘lacerdismo’ a partir de Carlos Lacerda, ou ainda, o Udenismo (através do famoso partido UDN, de direita e ancestral ideológico do ARENA, partido do regime militar). Dito isso, é de se supor que o ‘marçalismo’ seria uma nova versão desta linhagem de movimentos da direita populista brasileira. Se assim o for, o que isso significaria para o futuro do país e para a política nacional?

Quem é Pablo Marçal

Pablo Henrique Costa Marçal nasceu em Goiânia, capital do estado de Goiás, em 18 de Abril de 1987. É casado, tem quatro filhos e é cristão (embora nunca tenha se associado a nenhuma Igreja Evangélica em específico). Tendo apenas 37 anos de idade, Pablo fez a vida como coach motivacional e empreendedor (especialmente digital), se destacando nas redes pelas suas falas polémicas e viralizantes. Em uma delas, por exemplo, ele se comparou a Ayrton Senna e se colocou como ‘diferenciado’ por ter escrito 45 livros e ser bilionário, coisa que o ex-piloto falecido em 1994 não teve. Em outra oportunidade, Marçal disse ter ‘acalmado’ o piloto do helicóptero aonde estava quando o motor da aeronave deu problema.  Pablo também ficou conhecido pela sua atuação na tragédia no Rio Grande do Sul no primeiro semestre deste ano, quando organizou carretas e doações aos afetados do Estado.

Polémicas a parte, segundo o próprio Marçal, sua carreira começou aos 18 anos quando era agente de call center na Brasil Telecom. Dentro da empresa ele rapidamente cresceu, alcançado cargo executivo. Depois de um tempo, pediu demissão para trabalhar numa empresa familiar, aonde teria maiores oportunidades. Segundo ele, foi nesta empresa que ele alcançou o seu primeiro milhão. Em seguida, pediu demissão e entrou no mundo das consultorias, aonde teria feito quatro vezes mais fortuna. Hoje, ele é conhecido pelas suas palestras, livros e empreendimentos, tendo declarado na Justiça Eleitoral um património de 193 milhões de reais em 2024.

No entanto, sua vida nem sempre foi flores. Sua história é também marcada por situações delicadas na justiça. Os relatos são obscuros, mas diz-se que Marçal aos 18 anos de idade também atuava como técnico de informática e que teria contribuído com um grupo estelionatário para desviar dinheiro de Bancos. O grupo criava sites falsos de instituições financeiras e enviam emails com malwares acusando as pessoas, falsamente, de inadimplência. Segundo informações da polícia, o grupo também infectava os computadores das vítimas com o vírus ‘cavalo de Troia’, roubando assim dados bancários.

Marçal chegou a ser condenado pela justiça. Segundo o Correio Braziliense:

"A ação começou em 2005, ocasião em que Marçal chegou a ser preso temporariamente, quando tinha 18 anos. Em 2010, ele foi condenado a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto qualificado (artigo 155, do Código Penal) pela Justiça Federal. Um recurso só foi analisado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) em 2018. Em razão da demora para o tribunal apreciar o caso, houve prescrição punitiva - ou seja, Marçal, embora considerado culpado, não cumpriu a pena".

Segundo o jornal, Marçal teria conhecimento das atividades criminosas. O mesmo, no entanto, se defende, dizendo que ganhava ‘350 reais’ para consertar os computadores das pessoas e que desconhecia as atividades ilícitas do grupo. Mas este não foi o único problema na justiça que o ex-coach experienciou. Em 2022, Marçal liderou um grupo de 32 pessoas numa expedição no Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira, no Estado de São Paulo. Esta expedição, no entanto, foi feita sem os equipamentos adequados e num contexto de chuva, o que obrigou o Corpo de Bombeiros a organizar uma operação de resgate do grupo que durou nove horas. Marçal foi proibido pela justiça, posteriormente, via medida cautelar, de organizar quaisquer outras expedições da mesma natureza (sozinho ou acompanhado de outro grupo por ele liderado).

Outra fatalidade que envolveu o nome de Marçal foi uma maratona surpresa organizada em 2023 pela sua empresa a seus funcionários, aonde um dos funcionários (o jovem de 26 anos Bruno da Silva Teixeira), acabou tendo uma parada cardíaca e vindo a óbito. Segundo demais funcionários e testemunhas, a maratona estava programada para uma distância curta. Mas Marçal teria dito que fez 42 km e que os funcionários deveriam fazer o mesmo. Pressionados, a maratona acabou se estendendo e no 15º km Bruno não resistiu. Estes fatos foram altamente midiáticos e deram fama (negativa) a Marçal.

Na política, Marçal já havia demostrado ambição. Candidatou-se a Presidência da República pelo PROS em 2022, sendo preterido por seu partido que veio a apoiar Luís Inácio Lula da Silva. Marçal, a despeito desta rejeição, optou por apoiar Jair Bolsonaro, associando-se a partir daí com o bolsonarismo. No mesmo pleito, Marçal candidatou-se a Deputado Federal por São Paulo. Embora sua candidatura tenha sido indeferida pelo TRE-SP no fim de Setembro de 2022, Marçal obteve 243 mil votos, sendo um dos mais votados. Em seis de Outubro uma decisão do TRE-SP aprovou sua candidatura, e ele passou a condição de eleito. Mas isso seria revisto pelo TSE, que impediria sua candidatura de forma definitiva, sendo sua vaga preenchida pelo petista Paulo Teixeira.

Em 2022, ao unir-se a Bolsonaro, Marçal teria dado orientações para a campanha do Presidente acerca do posicionamento em debates e nas redes sociais. Recebeu hostilidade de Carlos Bolsonaro, embora tenha sido bem-recebido pelos demais membros do clã do ex-presidente. Esta relação com o bolsonarismo manteve-se até recentemente, quando o crescimento exponencial de Marçal nas eleições municipais de São Paulo em 2024 colocaram Bolsonaro em situação difícil e amedrontada. Inovador, Marçal aglutinou em torno de si o voto bolsonarista em São Paulo, apesar de Jair apoiar oficialmente Ricardo Nunes do MDB e atual Prefeito da cidade.

Segundo a mais recente pesquisa Datafolha, Marçal (do nanico partido PRTB) está tecnicamente empatado com Ricardo Nunes, na margem dos 20% das intenções de voto. Numa cidade com 9,32 milhões de eleitores (segundo o TSE 2024), estes 20% representam um potencial de voto de 1 milhão e 800 mil votos. Não se pode afirmar que são 1 milhão e 800 mil fascistas, ou 1 milhão e 800 mil libertários anti-Estado ou coisa parecida. Como também não se pode afirmar que os 58 milhões de brasileiros que votaram em Bolsonaro no segundo turno do pleito de 2022 eram fascistas, libertários ou anti-patriotas. Há algo mais profundo aqui que muitos analistas não entendem (ou não querem entender).

Sobre o ‘Marçalismo’ e o seu eleitorado

No texto ‘Triunvirato da Balbúrdia’, aonde explorei as tendências para as eleições municipais brasileiras de 2024, na parte sobre a cidade de São Paulo pudemos tratar um pouco da demografia da cidade. Nela, alertamos que historicamente o eleitorado paulista se divide entre um grupo mais progressista (regiões sul, leste 1 e 2 e noroeste) e um mais de direita conservadora (nas regiões centro, centro-sul, oeste, nordeste e sudeste). Para entender o potencial eleitor de Marçal, temos de compreender aonde ele está localizado, qual é a sua faixa etária, nível educacional e interesses alargados.

Abaixo temos o mapa da cidade de São Paulo com destaque para as regiões aonde a direita, historicamente, sempre obteve mais votos.

Este padrão também se verificou nas eleições gerais de 2022, aonde Bolsonaro obteve mais votos nas regiões supracitadas e Lula venceu nas demais. Lula obteve o maior número de votos totais, mas a divisão do voto paulistano reflete a tendência histórica.

No entanto, houveram algumas diferenças importantes. Lula obteve mais votos na região Centro, enquanto Bolsonaro obteve mais votos na região Nordeste da cidade.

Segundo estudo da USP divulgado em 2019, há vários ‘centros’ e ‘periferias’ na cidade de São Paulo, não sendo correto dividir a cidade apenas em um ‘centro’ rico e seguro para elite e uma ‘periferia’ urbana e pobre. O mapa a seguir ilustra os dados deste estudo:

Os grupos representam diferentes núcleos demográficos da cidade.

Grupo A: comercial e de serviços, região do centro histórico de São Paulo.

Grupo B: residencial de urbanização consolidada, região com menor densidade populacional. Área com os bairros mais valorizados.

Grupo C: urbanização radial, região com condomínios de alto padrão e boas condições sanitárias e de higiene.

Grupo D: residencial disperso, lugar aonde reside a classe média padrão (nível C). Tudo é médio, sem alto padrão mas também sem pobreza.

Grupo E: habitação irregular (favelas), região atingida pelas migrações populacionais, com infraestrutura média e com muita densidade populacional.

Grupo F: área de proteção de mananciais, região mais violenta da cidade.

Grupo G: área mais ruralizada da cidade, com habitação irregular, porém com menos densidade populacional. Região com baixa infraestrutura e serviços públicos.

Grupo H: área ainda mais ruralizada, com péssimos serviços públicos (se existentes), grandes índices de violência e pobreza.

Neste sentido, ao utilizar os dados históricos de São Paulo, assim como os resultados de 2022 para Presidente e o estudo do Núcleo de Estudos Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), temos que as principais características do potencial eleitor de Pablo Marçal são: eleitores de classe média alta, média e alguns da periferia mais violenta. Uma pesquisa recente indicou que Boulos tem mais votos consolidados no extremo leste da cidade (região Leste 2), enquanto Nunes estava se consolidando na região Oeste.

Ao observar o mapa, vemos que os grupos A, B, C e D são o grosso que dão suporte a candidatos como Ricardo Nunes e também Pablo Marçal. No entanto, a vantagem de Marçal está em atingir um eleitorado mais periférico, pertencentes aos grupos G e H. Esta concepção sugere que se Marçal for para o segundo turno contra Guilherme Boulos, há grandes chances de Marçal ser eleito. Diferente de Nunes, Marçal é capaz de rivalizar com Boulos na periferia também.

É difícil dizer que o eleitor de Marçal é apenas bolsonarista. É verdade que o candidato ex-coach aglutina a maior parte dos votos bolsonaristas da cidade de São Paulo, assim como, dos votos evangélicos. Isso acontece por conta do seu perfil. Ao contrário de Nunes (apoiado oficialmente por Bolsonaro), o discurso de Marçal mais à direita o coloca como um candidato conservador (à semelhança dos bolsonaristas), e a sua jovialidade e algumas propostas não-convencionais (como por exemplo ‘Prefeitura digital’, ‘aplicativo da prefeitura’, teleféricos em áreas de difícil acesso, entre outros) o colocam em um patamar diferenciado até mesmo do próprio bolsonarismo. A sua plataforma, na verdade, está mais para o liberalismo do que para o conservadorismo, com grande ênfase em parcerias público-privadas e modernização.

Este tipo de pauta e o tipo de campanha nas redes é muito sedutora para os mais jovens, como também para aqueles que vivem do mercado digital de algum modo (seja através de entrega por aplicativos, seja através de trabalho remoto ou online). Segundo o DataFolha, Marçal tem apoio forte de adultos em idade comercial (32% dos eleitores de 35 a 44 anos). Boulos vem em segundo com 21% das intenções desta faixa etária. Marçal está empatado com Boulos entre os jovens de 16 a 24 anos de idade (com 23% das intenções de voto para ambos). Ele também tem 26%, segundo o Datafolha, entre os eleitores com Ensino Médio. Ele possui mais votos entre eleitores masculinos (28%) frente as eleitoras femininas.

Estas tendências se repetem nas pesquisas do Paraná Pesquisas e do Atlas, sugerindo que a força de Pablo Marçal entre estas camadas é consolidada e sua candidatura está entre as mais competitivas (se não a mais competitiva) deste pleito na cidade.

O ‘Marçalismo’ veio para ficar?

Se entendermos o ‘marçalismo’ como um movimento político que surge a partir da campanha de Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo em 2024, temos de classificar de forma objetiva o que este ‘movimento’ representaria do ponto de vista sociopolítico. Como vimos anteriormente, parte fundamental do marçalismo é o bolsonarismo (que tratamos como coisas separadas, porém conectadas).

Como dito no texto ‘Lulismo e Bolsonarismo’, pode-se definir o Bolsonarismo do seguinte modo:

"No meio disso, forças antigas da sociedade brasileira bradavam as suas causas: viúvas do regime militar brasileiro (desacreditados do atual sistema político), outras extirpes de udenistas (ou lacerdistas) anti-corrupção e anti-populismo (que podemos chamar de lavajatistas), assim como evangélicos da Nova Classe Média, eivados de tons messiânicos e de um pensamento conservador urbano e também agrário. Todos eles, munidos pelas novas tecnologias da informação, tornaram-se uma força política. Foram estas franjas sociais que acabaram enxergando em Jair Messias Bolsonaro o representante daquilo que elas ansiavam para o Brasil. É daqui que surge o bolsonarismo. (Sasha van Lammeren)".

Portanto, são características do bolsonarismo o afã militarista, antissistema, anticorrupção, anticomunista (ou antiesquerdista), cristão evangélico, conservador nos costumes, o pertencimento a Nova Classe Média e, em especial, a integração às novas tecnologias da informação. Há também um apelo conspiracionista típico da nova direita internacional e que impacta muito a cosmovisão dos bolsonaristas.

Em vários sentidos, o marçalismo bebe da mesma fonte que o bolsonarismo. Em especial a partir do afã antissistema, antiesquerdista, conspiracionista, cristão evangélico, o pertencimento a Nova Classe Média e a forte integração das novas tecnologias da informação. Porém, se diferencia ao não refletir os apelos militaristas e conservadores nos costumes (embora Marçal tenha algumas pautas que vão neste sentido).

A plataforma de Marçal é, na verdade, mais liberal do que libertária, e seu posicionamento discursivo é mais a la Milei na Argentina do que Bolsonaro no Brasil. Muito de suas posturas são premeditadas, como bom comunicador que é, para viralizar nas redes sociais. Seu preparo é mínimo na gestão pública, embora isso seja fator de segundo plano para um eleitor que quer alguém ‘de fora’ do sistema. Marçal é um outsider. Mais do que Bolsonaro foi. E isso tem galvanizado certo fascínio por parte de seus apoiadores.

Enquanto o ‘marçalismo’ nasce da revolução digital e do marketing 3.0, seu impacto político é inovador, no sentido de trazer para o debate temas pouco explorados por candidaturas tradicionais. É claro que, na forma que se coloca, Marçal é um dos candidatos mais superficiais de todos. Seu programa de governo, embora competente na capacidade de introduzir temas, não é capaz de gerar um debate profícuo sobre o futuro da cidade. Neste sentido, o ‘marçalismo’ é uma forma de populismo, pois oferece soluções simples para problemas complexos e se baseia mais nas emoções do que na razão. A forma como seu movimento estimula o eleitor paulistano é forte indício de como o eleitor brasileiro poderá ser estimulado em 2026. Daqui, também, surge um interessante embate entre o bolsonarismo raiz e o marçalismo.

Na data de publicação deste texto (24 de Agosto de 2024), a justiça determinou o bloqueio de todas as suas contas nas redes sociais, impactando diretamente os milhões de seguidores que possui. Esta medida, provocada através do pedido da candidata do PSB, Tábata Amaral, é uma das mais sérias e mais consequenciais desta eleição. E ela tem o poder real de consolidar o ‘marçalismo’ como movimento político.

Ao colocar-se como antissistema, Marçal se posicionou contra os grupos políticos tradicionais e também contra as elites dos demais poderes, percebidas pela população como ‘corruptas’ e ‘anti povo’. Se Marçal agora é perseguido por estas mesmas forças, então algo que ele faz ou diz há de ser genuíno. O eleitor o verá a partir de agora como viram Bolsonaro pós-facada. Como um mártir que está a se colocar diante do sistema para defender o povo. Sendo isso verdade ou não, sendo Marçal um aproveitador ou não, pouco importa para a análise política. Ele irá se beneficiar, como já está se beneficiando disso.

A aplicação consciente do marketing digital na política, através do uso extensivo das redes sociais e da construção de imagem pelo meio digital (não mais focado no meio televisivo, como era até então), reforça uma tendência que vem desde Bolsonaro em 2018. Naquela altura, o capitão foi eleito tendo por base as correntes de WhatsApp e o grande apelo entre influencers de direita e o antipetismo. Marçal percebeu isso e sabendo que Guilherme Boulos é o natural sucessor do lulismo, optou por polarizar desde imediato com ele, colocando-se como o candidato antiesquerdista de São Paulo. Marçal respeita a popularidade de Lula, não fazendo ataques diretos ao presidente, mas usa o PSOL e o Boulos como fator polarizador.

Se Marçal não for eleito prefeito, ele será fortíssimo candidato a presidência da República em 2026. Se for eleito, vai depender de como sua gestão será ou não competente na forma com que conduz os assuntos diários da cidade. Para o país, seria melhor Marçal ser eleito prefeito, para testa-lo de forma objetiva e, com isso, traze-lo para o teto de vidro. Ao não vencer, ou ao ser impedido de concorrer em 2024, o ‘mito’ Pablo Marçal se forja e dá vazão a imagem de ‘mártir’ anti-sistema e de líder pós-Bolsonaro. Uma vez que Jair Bolsonaro está inelegível e não há, atualmente, nenhum nome capaz de aglutinar tão bem o voto bolsonarista, Marçal é, sem dúvida, o garoto prodígio da direita brasileira.

O ‘marçalismo’, como movimento, veio para ficar enquanto instrumento eleitoral. Se Marçal for eleito, o ‘marçalismo’ acabará sendo absorvido pelo bolsonarismo, fundindo a ambos. Se ele não for eleito, o ‘marçalismo’ se consolidará como movimento independente a Bolsonaro para 2026. E ai sim poderemos dizer que estamos diante da direita pós-Bolsonaro.

A sorte está lançada!

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