ONU denuncia detenções arbitrárias na Venezuela
Governo de Maduro justificou prisões como um esforço contra grupos criminosos
13 AGO 2024 • POR Pedro Molina • 15h26
O alto comissário de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Volker Türk, denunciou nesta terça-feira (13) o “alto e contínuo número de detenções arbitrárias, bem como o uso desproporcional da força relatado após as eleições presidenciais” na Venezuela.
Além de denunciar as prisões, Türk, que já havia manifestado preocupação com as prisões em massa, pediu a libertação imediata “de todos os que foram detidos arbitrariamente e garantias de julgamento justo para todos”.
Segundo a organização não governamental (ONG) venezuelana Foro Penal, um total de 1,3 mil prisões ocorreram no contexto dos protestos pós-eleitorais. O número, no entanto, pode ser ainda maior de acordo com informações das autoridades venezuelanas, com 2,2 mil prisões no período.
Em seu comunicado, a ONU aponta que “os detidos não foram autorizados a nomear advogados de sua escolha ou a ter contato com suas famílias. Alguns desses casos equivaleriam a desaparecimentos forçados”.
O governo, por outro lado, afirma que essas prisões ocorrem em um esforço contra grupos criminosos pagos para promover o caos e abrir caminho para um golpe de Estado.
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