Opinião

OPINIÃO: Como renovar as edificações do Centro e gerar desenvolvimento

25 JUL 2024 • POR Fayez Feiz José Rizk • 16h10
Fayez Risk

Há uma corrente de pensamento de que o Centro não tem moradores, tese que discordo - em parte. Realmente, se formos considerar o quadrilátero Afonso Pena, Calógeras, Mato Grosso e Rui Barbosa, quase não há mais moradias ocupadas.

Mas a vocação do Centro historicamente sempre foi a de oferecer comércio e serviços, para a população ao seu derredor.

Mesmo hoje, com o esvaziamento hoje observado, ainda há moradores no Centro e em seu entorno, como os Bairros São Francisco, Vila Carvalho, Planalto e outros.

Há um potencial a ser explorado: a reforma de inúmeras habitações, especialmente apartamentos, hoje vazios e a recuperação de edificações históricas.

Para isso, proponho a criação de um fundo financeiro para custear essas obras, com taxa de juros subsidiada, gerido pelo poder público em conjunto com a sociedade civil, por exemplo, a Associação Comercial e/ou o CDL.

Essas obras se compromissam a fazer e aprovar projetos feitos por profissionais junto a esse Conselho de Gestão, renovando e modernizando fachadas e interiores. Essas obras devem apresentar e aprovar orçamento, com obrigação de fazer compras de até 80% - ou mais ou menos - do custo em empresas sediadas em Campo Grande, apresentando notas fiscais de materiais e serviços. Até mesmo os impostos dessas compras e serviços podem eventualmente serem subsidiados.

Isto geraria uma onda de reformas no Centro, gerando emprego, impostos e propiciando a ocupação de novas moradias.

O poder público, tanto Municipal como o Estadual, não podem encarar esse programa como redução de receita, mas de investimento para o desenvolvimento urbano!

Essas providência devem serem feitas em conjunto com a adoção do IPTU progressivo, previsto no Estatuto da Cidade, para imóveis sem ocupação e, em sentido contrário, a redução de impostos, como o ISS da construção e do IPTU para os imóveis que aderirem ao programa e façam a sua ocupação.

Também certas atividades podem ser incentivadas a ocupar o Centro, também com redução temporária de impostos, como faculdades, empresas de tecnologia e assemelhados.

Por outro lado, é importante transformar os andares superiores do prédio da antiga rodoviária em um grande centro de saúde, com funcionamento 24 horas, que serviria para atrair público para o Centro.

Sem esquecer as linhas de ônibus com tarifa quase zero, proposta em texto anterior, ligando o Centro aos terminais ou bairros de interesse.

Repito: a infraestrutura do Centro é muito valiosa para ser abandonada! Não podemos permitir esse absurdo que é o abandono dessa região tão importante e histórica.

Mãos à obra!

 

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