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Tempo quente e seco da próxima semana pode aumentar os incêndios no Pantanal

As equipes do Corpo de Bombeiros aproveitaram o 'alívio' do clima das última semana para combater as chamas

15 JUL 2024 • POR Brenda Assis • 09h41
As equipes do Corpo de Bombeiros aproveitaram o 'alívio' do clima das última semana para combater as chamas - Foto: Álvaro Rezende

A previsão de calorão para as próximas semanas fez com que as equipes do Corpo de Bombeiros não parasse de atuar no combate aos incêndios florestais no Pantanal, mesmo que agora, o tempo esteja com baixas temperaturas e umidade do ar mais elevadas.

Neste momento, as equipes fazem o trabalho de rescaldo e prevenção em diversas áreas atingidas pelos incêndios florestais em junho. De acordo com informações do SCI (Sistema de Comando de Incidentes), em Corumbá, um foco de incêndio permanece ativo no Pantanal Sul-mato-grossense, na região do Tagiloma, conhecido como Maracangalha.

Além das ações de combate, as equipes estão implementando medidas de controle e monitoramento. Outro ponto de atenção se concentra na região do Paraguai Mirim, onde equipes trabalham para evitar a reignição dos focos de incêndio e assegurar que estes focos permaneçam confinados dentro da área isolada ao longo das margens do rio Paraguai.

O fogo pode voltar, em qualquer uma das áreas atingidas, por conta das grandes quantidades de materiais orgânicos inflamáveis ali presentes, com as popularmente conhecidas turfas, responsáveis pelo conhecido 'fogo subterrâneo' no bioma.

Aeronaves da Força Aérea e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) dão apoio ao trabalho de monitoramento e controle. A preocupação também agora é com a queima lenta dentro das áreas já queimadas, com troncos de árvores ainda acesos, por exemplo. Daí surge a necessidade de rescaldos e cortes para evitar novos incêndios.

Atualmente há 95 bombeiros militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul atuando na Operação Pantanal 2024, dos quais 60 estão nas equipes de combate em solo e 35 compõem o SCI, distribuídos em Campo Grande e Corumbá.

Existe também o apoio efetivo de 80 militares da Força Nacional de Segurança Pública, além de militares das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e 233 agentes do Ibama, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.