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Operação Pantanal: Para evitar desinformação, Riedel explica ações de combate aos incêndios

A quantidade de biomassa na área deixou a 'situação mais critica' que em 2020

27 JUN 2024 • POR Brenda Assis e Sarah Chaves • 09h08
Governador Eduardo Riedel - Álvaro Rezende

Durante a manhã desta quinta-feira (27), o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, realizou uma coletiva para falar a respeito da Operação Pantanal 2024. Além disso, foi feito ainda o lançamento da plataforma de dados sobre incêndios e força-tarefa de atendimento à imprensa.

Segundo o governador, para evitar a desinformação a respeito do que vem acontecendo no Pantanal, será feita uma live semanalmente para os responsáveis apresentem a evolução dos trabalhos.

"O objetivo é padronizar alguns critérios de informação que serão apresentados para todos. O estado está há quase 90 dias em ação permanente com a força de segurança pública, junto com o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil atuando nas queimadas", pontuou.

As ações de combate aos incêndios estão sendo controladas através do Centro Integrado de Comando e Controle Estadual. A Tenente Coronel e Diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, Tatiane Inoue, esclareceu que 114 miliares estão em operação no momento, junto com 36 viaturas. Ao mesmo tempo, 65 ações de combate e atividades de prevenção estão sendo feitas.

Participando da coletiva, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, pontuou que o nível de biomassa presente na área do Pantanal de 2024 é muito maior que a de 2020, uma vez que a seca este ano foi mais severa e prolongada. Além disso, o volume de chuva foi abaixo da média histórica dos últimos 10 anos.

"Estamos em uma situação severa, considerada como 'rara' pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) porque estávamos vivendo um processo que aconteceu apenas em 1941. Todas as condições neste momento são piores que as de 2020, mas ainda não chegamos no ponto crítico, previsto para acontecer em agosto e setembro", disse Jaime.

Até o momento, 530 mil hectares do Pantanal pegaram fogo de 1° de janeiro a 25 de junho. As condições climáticas adversas dificultaram ainda a queima prescrita, instituída em 2024 pelo governo do estado. Esta ação poderia ter diminuído a quantidade de biomassa existente na área, reduzindo assim os incêndios.