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Após liberação de armas dos Estados Unidos, Putin lança ataques em toda a Ucrânia

Os alarmes soaram em todo o país

1 JUN 2024 • POR Sarah Chaves, com informações da Folha De São Paulo • 07h45
As forças de Vladimir Putin alvejaram as regiões no norte, centro, sul e oeste ucranianos - Reprodução

Logo após os Estados Unidos e aliados ocidentais da Otan permitirem que a Ucrânia utilizasse suas armas contra território russo, o país invadido em 2022 sofreu um grande ataque aéreo contra alvos em quase todo o território na noite de sexta (31) e madrugada de sábado (1º).

Foi o maior desde um mega-ataque ocorrido em 22 de março, que havia sido o segundo mais intenso do conflito. 

Os alarmes soaram em todo o país. Foram alvejadas regiões no norte, centro, sul e oeste ucranianos, incluindo perto das fronteiras polonesas e húngara. Houve explosões relatadas em pelo menos nove cidades, incluindo a capital Kiev e Lviv (oeste)

Com foco no sistema de energia do país. Cinco regiões foram afetadas com blecautes, e houve danos mais severos em Vinnitsia (centro). Duas centrais termoelétricas foram atingidas ao menos quatro pessoas foram feridas.

Também houve diferentes modelos de armas empregados. Foram lançados drones de origem iraniana Shahed-136 nas ondas iniciais, para atrair defesa aérea. Depois vieram mísseis de cruzeiro supersônicos Kh-101 e ao menos seis bombardeiros estratégicos Tu-95, que decolaram de Olenia e Engels, na Rússia.

Houve ao menos duas ondas dessas. Kiev diz ter abatido 30 dos 35 modelos do tipo lançados e 1 tipo de cruzeiro Iskander-K.

Também foram relatados disparos de dez mísseis de cruzeiro subsônicos Kalibr de navios, algo que não ocorria havia tempo devido à destruição de embarcações da Frota do Mar Negro russa. Segundo registros de Kiev, os disparos ocorreram perto da costa da Crimeia anexada, e quaro deles foram abatidos.

Também foram lançados quatro mísseis balísticos Iskander-M, que atingiram seus alvos. Por fim, caças MiG-31K levantaram voo, mas acabaram não lançando os modelos hipersônicos Kinjal que costumam levar foram empregados no ataque.

Neste sábado, o presidente Zelenski voltou a apelar por mais ajuda, em postagem no Telegram. "Os parceiros sabem exatamente o que é preciso. [Baterias antiaéreas] Patriot adicionais, e outros sistemas de defesa aérea modernos. Acelerar e expandir a entrega de F-16 para a Ucrânia. Prover nossos soldados com todas as capacidades necessárias", disse.