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IDH brasileiro teve retrocesso de seis anos durante a pandemia

Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento apontou para os impactos sofridos durante a crise sanitária

28 MAI 2024 • POR Pedro Molina • 19h13
Foto: Reprodução

Um relatório lançado nesta terça-feira (28) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em Brasília, apontou que o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) no Brasil teve um retrocesso de seis anos durante a pandemia de Covid-19.

Para a realização do estudo, foi analisada a trajetória do IDHM entre 2012 e 2022.

A coordenadora de Desenvolvimento do PNUD, Betina Barbosa, explicou que foram usadas três dimensões para medir o desenvolvimento humano - longevidade da população, renda e educação –, o que apontou para um retrocesso médio de 22,5% no Brasil.

“A reação no IDH brasileiro nos faz perder 10 anos de melhoria no IDH longevidade, 10 anos de melhoria no IDH renda e dois anos de melhoria no IDH educação”, explicou.

Além disso, Betina aponta que a pandemia afetou de forma diferenciada as diversas populações brasileiras. Segundo o documento, as mulheres negras foram as que ficaram mais vulneráveis em termos de desenvolvimento de seu potencial e aproveitamento de oportunidades durante o período de pandemia.

“A gente tem 27% dos lares brasileiros chefiados por mulheres negras. Esses lares constituem quase 30% da população brasileira, e neles estão quase 34% de todas as crianças e jovens de até 14 anos. No entanto, o rendimento total desses lares chega a apenas 16% de todo o rendimento do Brasil”, comentou.

Outro ponto levantado pelo relatório está no fato de o maior desenvolvimento humano nos estados não ser refletido em baixas taxas de mortalidade. Os estados do Rio de Janeiro e o Paraná, além do Distrito Federal, lideraram os maiores números de mortes pela doença.

Em sentido contrário, o Maranhão, que mantém o menor IDH do país, teve taxa de mortalidade baixa, que se replicada em todo o país, significaria uma redução de metade das mortes verificadas pela doença no Brasil entre 2020 e 2021.

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que participou do lançamento do relatório, apontou que o estudo serve como uma importante ferramenta para repensar políticas públicas.

 

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