Polícia

Nova versão: Caminhoneiro matou corretora após discussão em caso extraconjugal

Em coletiva, Deam aponta "sequência de erros" do acusado, que disse não ter tido intenção de assassina-lá e tese sobre "golpe do seguro" cai por terra

27 MAI 2024 • POR Luiz Vinicius e Brenda Assis • 11h44
Delegadas Elaine Benicasa e Analu Lacerda deram detalhes sobre o crime de Amalha Mariano - Brenda Assis

A morte da corretora Amalha Cristina Mariano Garcia, de 43 anos, não foi ocasionada em razão de um "golpe do falso seguro" como Fabiano Garcia Sanches, de 38 anos, havia relatado anteriormente ao Batalhão de Choque. A investigação e o interrogatório feito pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) apontou que o crime aconteceu após a descoberta de um relacionamento extraconjugal.

Segundo apresentado pelas delegadas Elaine Benicasa e Analu Lacerda na manhã desta segunda-feira (27), em entrevista coletiva, Fabiano e Amalha já haviam se conhecido antes e tido um caso após ele tentar comprar uma casa para sua mãe e visitar alguns apartamentos.

Durante essas visitas, houve convites para encontros futuros, saídas e afins. Esse vínculo gerou também empréstimos de dinheiro por parte da corretora para o caminhoneiro, que no dia do crime, dia 21 de maio, esteve na casa do acusado e houve uma nova pedida: cerca de R$ 900 e um encontro na residência do homem, no Jardim Centenário.

Porém, na conversa, Amalha descobriu que Fabiano era casado e houve uma discussão entre eles, que evoluiu para um empurrão do homem contra ela, fazendo com a que a vítima batesse a cabeça em um vaso de concreto e causando muito sangramento no piso da residência. Em seu interrogatório, o acusado alega que entrou em desespero, colocando o corpo da corretora no porta-malas e buscando um lugar para abandoná-lo.

"Sequência de erros dele. Ele não pensou em chamar o socorro, porque só tava pensando em se livrar [do corpo] porque a mãe ia chegar com o filho dele na casa", disse a delegada Analu. Após a desova do corpo na região do Porto Seco, aos fundos do Jardim Los Angeles, Fabiano continuou vivendo sua vida normalmente, lavando o Jeep Renegade, de propriedade da corretora, e também a própria residência.

A delegada também disse durante a coletiva que não houve luta corporal ou qualquer ação de violência na região de mata do Porto Seco. "Ele pegou as coisas dela e jogou em outro local. Só queria se livrar das evidências do crime".

Em relação ao carro, a Deam apontou que foi o próprio assassino que abandonou o veículo no Núcleo Industrial. "Ele alega ao mesmo tempo que não tentou tirar a vida da Amalha. Mas, ao mesmo tempo, tem toda uma tarde vivendo normal, tentando vender o carro".