Polícia

Jeep Renegade de corretora foi abandonado no Indubrasil um dia após o crime

Morador, apontando como suspeito de receptação, afirmou que não viu o momento em que o carro foi deixado

24 MAI 2024 • POR Luiz Vinicius • 08h47
Jeep estava abandonado em frente a uma residência - Brenda Assis

O Jeep Renegade, de cor branca, pertencente a corretora Amalha Cristina Mariano Garcia, de 43 anos, assassinada durante a terça-feira (21), foi abandonado numa área de mata no Indubrasil, um dia após o crime, por volta das 18h de quarta-feira (22). O veículo foi localizado após uma denúncia ter chegado ao conhecimento da Polícia Militar durante a tarde de quinta-feira (23).

No local havia uma residência e o morador, de 39 anos, foi apontado como suspeito de receptação. Ele relatou para uma equipe da Polícia Militar que tomou conhecimento da presença do veículo naquela noite.

Uma segunda pessoa, moradora da residência que fica em frente onde o carro foi localizado, também foi levada para a delegacia para prestar esclarecimentos, mas foi inserida apenas como testemunha.

Durante as verificações, os policiais fizeram a consulta e viram que o veículo se tratava da corretora e foi feito o acionamento da Polícia Científica, que chegou acompanhada da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), que trabalha no caso no momento, mas ainda não se manifestou de maneira oficial.

Após a realização da perícia, o carro foi liberado para um familiar que esteve acompanhando o trabalho das autoridades. Como dito pela reportagem em outras matérias, não há uma linha de investigação definida e a polícia adotou o silêncio na investigação, como uma forma de não atrapalhar o andamento do caso.

Morte misteriosa - Amalha Mariano foi encontrada morta na tarde de terça-feira num matagal na área do Porto Seco, antigo Terminal Intermodal de Cargas, ao fundo do Jardim Los Angeles.

Ela estava com ferimentos na cabeça e a perícia apontou que, possivelmente, ela foi atingida com golpes de pau. A vítima também teria sido arrastada, estando com as calças abaixadas e a blusa levantada. Não havia sinais de violência sexual.

A corretora desapareceu após dizer que se encontraria um "ex-paquera" para cobrar uma dívida de R$ 20 mil. Ela usou o Jeep Renegade para chegar ao encontro e depois não deu sinais. Quem encontrou o corpo foram guardas civis que realizavam treinamento na área do Porto Seco.