Brasil

Empresas do setor siderúrgico querem investir R$ 100 bi no Brasil até 2028

"Esse país vai voltar a crescer e, junto com o crescimento desse país, a indústria do aço", declarou o presidente Lula

21 MAI 2024 • POR Sarah Chaves, com informações do Planalto • 12h12
Foto: China/Daily/Reuters

Em reunião no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, representantes do setor siderúrgico anunciaram na segunda-feira (20), investimento de R$ 100,2 bilhões no Brasil até 2028.

“A indústria automobilística já anunciou investimento de R$ 130 bilhões, dos quais R$ 124 bilhões até 2028 e o restante até 2033. Vocês estão anunciando R$ 100 bilhões agora. Na semana que vem vai ter mais um setor anunciando mais R$ 100 bilhões. O setor energético está anunciando tantos bilhões que eu quero acreditar que vão gerar empregos”, destacou o presidente Lula.

“Esse país vai voltar a crescer e, junto com o crescimento desse país, a indústria do aço. Para isso, é preciso fazer crescer a indústria automobilística, a da construção civil, a naval, é preciso fazer a Embraer vender mais avião”, afirmou o presidente.

O anúncio ocorre após a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidir, em abril, elevar para 25% o imposto de importação de 11 NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul) de aço e estabelecer cotas de volume de importação para esses produtos – de maneira que a tarifa só sofrerá aumento quando as cotas forem ultrapassadas.

Expectativa é que a medida contribua para reduzir ociosidade na indústria siderúrgica nacional ocasionada pelo crescimento da importação de aço nos últimos anos.

“Nós, primeiro, agimos na defesa comercial. Estabelecemos cinco mecanismos antidumping, então foram comprovados os dumpings. E há dez investigações em curso. Além disso, nós fizemos uma medida inédita no Brasil que é cota, ou seja, pegamos a média das importações em 2020, 2021 e 2022, fizemos a média, acrescemos mais 30% e estabelecemos a cota. Até esse valor não tem nenhum aumento de imposto de importação, que no Brasil é em torno de 12%, 13%. Agora, o que passar disso, terá 25% de imposto de importação”, explicou Alckmin em pronunciamento após a reunião.