Polícia

Familiares, amigos e vizinhos tiveram crise de choro ao ver Baygon morto na calçada

"Vi crescer desde os 10 anos. Tinha seus erros, mas sempre cuidou da gente aqui do bairro", comentou uma vizinha com o JD1

30 MAR 2024 • POR Brenda Assis e Luiz Vinícius • 10h49
Anderson Chagas foi morto próximo a residência - Redes Sociais

A tristeza tomou conta de familiares, amigos e vizinhos ao verem Anderson Vicente Chagas, de 45 anos, conhecido como 'Baygon', sem vida na calçada da Avenida Souza Lima, no Núcleo Habitacional Universitárias, em Campo Grande. Apesar de seu passado turbulento, quem o viu crescer relatou ter tido crises de choro logo após sua execução. 

O JD1 Notícias acompanhou os trabalhos policiais e conversou com vizinhos. Bastante abalados, eles relataram os fatos, que começaram com os fortes estrondos dos disparos. Uma moradora, que viu 'Baygon' crescer desde os 10 anos, disse ter entrado para dentro de casa pra chorar. 

"Me deu uma crise de choro quando vi que era ele. Conheço desde que tinha 10 anos, vi crescer. Ajudava a gente aqui. Um homem bom, tranquilo, só mexeu com coisa errada. Uma pena", comentou. 

Alguns relatos apontaram que ele 'cuidava' da vizinhança, uma vez que não deixava que roubos ou danos acontecessem as residências do entorno da casa onde morava. Nas intermediações, Baygon era querido por todos.

As lamentações, a respeito da morte de Anderson, também se estenderam para as redes sociais. Momentos depois, enquanto as equipes policiais trabalhavam no local, amigos passaram a fazer publicações de despedida. 

"Você partiu deixando saudades. E agora? Cadê o cara que nos anima? O que vou fazer? Só resta penssar em você, meu nego. Te amo muito", disse uma amiga.

Muitos compartilhamentos falam sobre a saudade, que Anderson deixará em todos que ficaram, aliado a pedidos para que ele faça uma boa partida. 

Morte cruel - Baygon foi morto com mais de 10 disparos que atingiram cabeça, rosto, tórax e braço, e o suspeito dos tiros fugiu na sequência, recebendo apoio de um veículo que estava nas imediações do crime.

Informações apuradas pelo JD1 Notícias no local dos fatos, apontam que haviam 16 perfurações pelo corpo de Baygon, como a vítima era conhecida. Essas perfurações consistem em entradas e saídas, e foram localizadas 12 cápsulas do armamento utilizado pelo crime, mas a polícia não revelou de qual calibre seria.

A reportagem também apurou que Chagas estava próximo à residência onde morava e foi surpreendido pelo atirador. Testemunhas relataram ouvir os disparos e ao verificar o que havia acontecido, escutaram mais disparos e um carro saindo em disparada - há a suspeita que possa ser um Volkswagen Gol.

Baygon tinha passagens criminais nesses anos de vida. Seu passado apontava para mais de 20 anotações, onde a reportagem também apurou que na lista contém: homicídio, posse de arma de fogo, ameaça no âmbito da violência doméstica, injúria, furto e porte de drogas.