Polícia

Condenado por matar adolescente em lava a jato deve se apresentar em Campo Grande

William pode se entregar a qualquer momento; por outro lado, defesa de Thiago "analisa todas as circunstâncias"

20 FEV 2024 • POR Luiz Vinicius e Vinícius Santos • 12h01
Thiago Giovanni Demarco Sena e William Enrique Larrea, ambos sentenciados a 12 anos de prisão - Reprodução/Redes Sociais

William Enrique Larrea, de 37 anos, condenado pela morte do adolescente Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, deve estar se entregando a qualquer momento para dar início ao cumprimento da pena de 12 anos, em regime fechado, recebida no julgamento. Por outro lado, Thiago Giovanni Demarco Sena, de 27 anos, ainda é uma situação indefinida.

O JD1 Notícias entrou em contato com as duas defesas dos condenados. O advogado João Carlos, responsável pela defesa de William, informou que a família do acusado já foi informada e apresentação deve ser feita a qualquer momento, não especificando dia ou local, apenas explicando que após se entregar, será encaminhado para o presídio.

Já a defesa de Thiago, feita pelo advogado Wesley Roriz, informou que a situação "está sendo resolvida internamente com a família do apenado". Para a reportagem, a defesa não quis dar mais detalhes, pois "estamos analisando todas as circunstâncias".

Ambos receberam uma sentença condenatória de 12 anos de prisão em regime fechado pelo crime que causou comoção na cidade. Wesner foi vítima de uma violência extrema, com uma mangueira de ar-comprimido de um lava-jato introduzida no ânus, resultando na ruptura de parte do intestino. Infelizmente, mesmo com socorro, Wesner não resistiu aos ferimentos.

O julgamento e a condenação foram na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Campo Grande. No entanto, Thiago e William recorreram, alegando que o julgamento foi contrário às provas e que houve falhas no processo. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) manteve a sentença, considerando não haver irregularidades que justificassem a anulação do júri.

Diante da decisão desfavorável no TJMS, o juiz expediu mandados de prisão. Agora, a primeira opção para os condenados é se apresentar com advogado para cumprir a pena determinada.

Conforme apurado pela reportagem, os mandados de prisão foram emitidos em 16 de fevereiro, mas ainda não há informações sobre se os elementos foram recolhidos à prisão para o cumprimento da reprimenda imposta.