Internacional

Pelo menos 100 pessoas foram mortas em "série de ataques" israelenses em Rafah

Segundo a PRCS, a forte presença de aviões de guerra nos céus de Rafah pode elevar ainda mais o número de mortos

12 FEV 2024 • POR Sarah Chaves, com informações da Reuters e CNN • 13h24
Ibraheem Abu Mustafa/Reuters

A  Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) informou na manhã desta segunda-feira (12), que mais de 100 pessoas foram mortas em ataques aéreos israelenses na cidade de Rafah, no sul de Gaza.

A cidade, perto da fronteira de Gaza com o Egito sofreu “intensos ataques” de aviões de guerra e ataques aéreos, disse a PRCS. Helicópteros também dispararam metralhadoras ao longo das regiões fronteiriças, ainda segundo a organização.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram nesta segunda-feira que conduziram “uma série de ataques” contra alvos na área de Shaboura, um distrito de Rafah, afirmando num comunicado que “os ataques foram concluídos”.

O porta-voz das FDI, Danial Hagari, disse a repórteres que a operação para resgatar os reféns e começou por volta de 01h49, horário local, com os ataques aéreos em Rafah sendo lançados um minuto depois.

Uma mesquita em Shaboura estava entre os alvos dos ataques israelenses, segundo a prefeitura de Rafah. Mais de 1,3 milhões de pessoas se refugiaram em Rafah, muitas das quais já estavam deslocadas de outras partes do enclave e dizem não ter para onde ir.

Segundo as FDI, dois reféns foram resgatados, Fernando Simon Marman, de 60 anos; e Louis Har, 70. Os dois foram sequestrados em 7 de outubro pelo Hamas. O governo da Argentina agradeceu o resgate, afirmando que os reféns têm dupla cidadania israelense-argentina.

O diretor do Hospital Abu Yousef Al-Najjar disse que as instalações médicas em Rafah “não conseguem lidar com o grande número de feridos devido ao bombardeio da ocupação israelense”.

Segundo a PRCS, as pessoas estão presas sob os escombros e ainda há uma forte presença de aviões de guerra nos céus de Rafah, o que pode elevar ainda mais o número de mortos.

Num comunicado divulgado na segunda-feira, o Hamas condenou o que considerou ser um “massacre horrível” perpetrado por Israel contra civis em Rafah.