Justiça

Julgamento de Daniel Alves por agressão sexual começa na Espanha

Justiça local pede por nove anos de prisão e indenização

5 FEV 2024 • POR Brenda Leitte • 13h10
Daniel Alves no julgamento - Foto: D.Zorrakino. POOL/Europa Press

O ex-jogador da Seleção Brasileira Daniel Alves está em julgamento nesta segunda-feira (5), acusado de agredir sexualmente uma mulher no banheiro de uma boate de Barcelona em 2022. O lateral-direito de 40 anos foi preso em janeiro do ano passado e, desde então, está em prisão preventiva no país.

Inicialmente, o brasileiro negou qualquer encontro sexual com a vítima, que afirmou não conhecer. Posteriormente, ele afirmou que teve relações sexuais consensuais com a acusadora, acrescentando que havia negado inicialmente para proteger seu casamento.

O caso atraiu uma atenção significativa não apenas por Daniel Alves ser uma pessoa conhecida, mas porque agressão sexual é um tema político dominante na Espanha. No país, uma alegação de estupro é investigada sob a acusação geral de agressão sexual e as condenações podem levar a penas de prisão de quatro a 15 anos.

Um promotor público espanhol está pedindo uma pena de nove anos de prisão e que o jogador pague uma indenização de 150 mil euros (R$ 807 mil) à mulher.

O brasileiro compareceu ao tribunal na segunda-feira (5). Sua mãe e irmão foram vistos chegando ao tribunal, enquanto seu advogado e o advogado da vítima também foram vistos entrando no prédio.

Juíza nega suspensão

 

O Tribunal de Barcelona decidiu manter o julgamento, mesmo com o pedido da defesa do ex-atleta para que houvesse uma suspensão por violação de direitos como o da presunção de inocência.

Os magistrados consideram que nenhum direito foi violado e o julgamento segue inicialmente até quarta-feira. O Tribunal disse que Daniel Alves contou com a presença de uma advogada desde o momento em que foi preso, o que não caracteriza violação de direitos.

Daniel Alves, então, vai depor na quarta-feira pela suposta agressão sexual. A petição de que ele seja o último a testemunhar foi aceita tendo em vista que existem novas provas e não há razões para crer que o acusado já tenha conhecimento de todas elas. E que uma declaração ao final pode contribuir para o esclarecimento dos fatos.

 

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