Polícia

Mulher morta a facadas estava em processo de separação na Moreninha

Daniel não aceitava o término e brigas eram constantes no relacionamento

4 DEZ 2023 • POR Luiz Vinicius e Brenda Assis • 19h54
Gilka foi assassinada com vários golpes de faca - Reprodução/Redes Sociais

Gilka Simone Nunes, de 47 anos, morta a facadas na tarde desta segunda-feira (4), na Moreninha III, em Campo Grande, estava em processo de separação com o autor, até o momento identificado como Daniel, mas ele não aceitava o término e o relacionamento tinha várias brigas e discussões.

Segundo apurado pela reportagem com uma familiar, a vítima chegou a descobrir alguns indícios de traição no celular do homem e logo mandou ele embora da casa, mas ele afirmava que não tinha para onde ir. Há cerca de três meses, ele deixou a residência.

Mas após um período, ele pediu para voltar e Gilka aceitou. No entanto, as brigas e as discussões eram constantes. O casal teve um relacionamento duradouro, cerca de cinco anos, mas nos últimos meses viveram "em pé de guerra".

"A última vez que conversei com ela, ela não queria mais", frisou a familiar. Ainda de acordo com a apuração da nossa reportagem, familiares não tinham contato com Daniel, pois sabiam que ele era perigoso.

Em relação à pessoa Gilka, pessoas afirmaram que ela era muito querida não apenas por familiares, mas amigos e vizinhos da Moreninha III. Ela fazia e vendia salgados pela região.

Ela foi atingida com pelo menos 8 golpes de faca, sendo que um atingiu o tórax e o restante foram direcionados no pescoço da vítima.

Feminicídio

Segundo apurado pela reportagem, o autor foi visto perambulando pela rodovia BR-163, nas proximidades do Posto Platinão e recebeu a primeira abordagem por parte da CCR MSVia e percebeu que ele portava facas, estava com ferimentos e bastante ensanguentado.

Diante de tal suspeita, a equipe fez o acionamento da Polícia Rodoviária Federal, que deu prosseguimento a ocorrência. Foi feito os questionamentos e logo informou que havia brigado com a esposa, conforme o agente Souza Braga.

Após pegar o endereço, outra equipe foi para a residência com o intuito de verificar se a vítima estava com vida, mas logo que se aproximaram, notaram a quantidade de sangue e a mulher em óbito.