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'Desespero. Perdi tudo que tinha', moradores lamentam incêndio no Mandela

Ao JD1, vereador Carlão classificou esse como sendo o 'maior incêndio em favela' de Campo Grande

16 NOV 2023 • POR Brenda Assis e Caroliny Martins • 17h39
Ao JD1, vereador Carlão classificou esse como sendo o 'maior incêndio em favela' de Campo Grande - Foto: Adriano Miguel

Dos 187 barracos da Comunidade do Mandela, aproximadamente a metade deles pegou fogo durante um grande incêndio que aconteceu no local durante o final da manhã desta quinta-feira (16). O local fica localizado na região Norte de Campo Grande.

Famílias perderem o pouco que tinham debaixo dos amontoados de madeira e lona. A informação foi confirmada pela presidente da favela, Greiciele Nayara Algilar.

A jovem Rafaela de Amorim Almeida, contou ao JD1 que morava sozinha em um barraco com uma criança de 3 anos. Na hora do fogo, ela conseguiu pegar apenas algumas mudas de roupa. “Perdi tudo que tinha. Senti desespero, saímos correndo e só pensei em tirar o botijão. Pra hoje precisamos de comida e água, de maneira urgente”.

Presente no local após a tragédia, o presidente da Câmara dos Vereadores de Campo Grande, vereador Carlão, comentou com a reportagem do JD1 que esse foi o pior incêndio em uma área de favela da Capital. Ele é atuante na causa desde 1983.

“Já tivemos incêndios pequenos, onde 30 ou 40 famílias foram atingidas. Mas esse foi um incêndio três vezes maior. Tivemos um atraso da Defesa Civil, alguma dificuldade, mas a prefeita [Adriane Lopes] já esteve aqui para a gente achar uma solução e resolver o problema de hoje. Onde essas pessoas vão se alimentar, onde vão dormir”, comentou Carlão.

Ainda segundo o vereador, alguns moradores irão dormir no entorno da comunidade para cuidar dos bens materiais que conseguiram salvar do fogo. Por conta disso, para eles serão doadas lonas para que seja feito um novo barraco provisório.

Para quem perdeu tudo no incêndio, uma das opções de abrigo está sendo o CRAS Estrela do Sul, o campo vazio aos fundos da favela com abrigos temporários ou na Escola Municipal conhecida como Cané, próxima à Escola Municipal Professora Elenir Zanqueta Molina.

Conforme o Tenente Alencar, do Corpo de Bombeiros, foram usados 40 mil litros d’água para apagar as chamas. As equipes ainda trabalham no local, fazendo o rescaldo (finalização). Algumas pessoas acabaram passando mal, por conta da fumaça, mas todas foram socorridas e encaminhadas para uma unidade de saúde.