Justiça

Justiça bloqueia contas de ex-vereador condenado por improbidade em MS

Valdeir Pedro de Carvalho, ex-presidente da Câmara de Água Clara, deve pagar multa de quase R$ 60 mil

23 OUT 2023 • POR Vinícius Santos • 09h53
Câmara Municipal de Água Clara - (Foto: MPMS)

A Justiça Estadual de Mato Grosso do Sul bloqueou as contas bancárias de Valdeir Pedro de Carvalho, ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Vereadores do Município de Água Clara durante os anos de 2011 e 2012. A medida foi tomada em decorrência de uma condenação por atos de improbidade administrativa cometidos no ano de 2012.

O Ministério Público Estadual (MPMS) alegou que Valdeir autorizou e efetuou pagamentos relacionados à suposta contratação de serviços de reparos e limpeza de calhas do prédio da Câmara Municipal, sem seguir o devido processo licitatório e sem celebrar contratos formais. Estes pagamentos foram realizados diretamente à empresa Joaquim Ribeiro dos Santos - ME. Isso teria burlado as leis, causando enriquecimento ilícito em detrimento do erário público.

O juiz responsável pelo caso determinou a nulidade do contrato de prestação de serviços firmado entre Valdeir Pedro de Carvalho e a empresa Joaquim Ribeiro dos Santos - ME. Além disso, o ex-vereador foi condenado por atos de improbidade administrativa de acordo com a Lei n. 8.429/92, sofrendo as seguintes penalidades:

1. Ressarcimento integral da quantia de R$ 9.600,00, acrescida de juros e correção monetária pela SELIC desde a data do dano causado.

2. Perda da função pública.

3. Suspensão dos direitos políticos por cinco anos.

4. Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios fiscais por cinco anos, direta ou indiretamente, mesmo por meio de empresas das quais seja sócio majoritário.

5. Pagamento de multa civil no valor de R$ 19.200,00, destinada à Câmara Municipal de Água Clara.

Valdeir Pedro de Carvalho recorreu da decisão, obtendo parcial provimento, que adequou a sanção apenas ao ressarcimento e à multa civil, excluindo as demais penalidades. 

O Ministério Público deu continuidade ao processo, solicitando o cumprimento da sentença para pagamento de multa no valor de R$ 19.200,00 e ressarcimento, resultando em um total de R$ 59.443,74, após atualização.

O juiz Eduardo Augusto Alves deferiu o pedido de bloqueio dos valores. No entanto, os valores bloqueados não foram suficientes para quitar a dívida, levando o MPMS a solicitar a expropriação de bens móveis e pertences do ex-vereador. O magistrado atendeu ao pedido de penhora dos bens.

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