Polícia

Suspeita alega que adolescente morto com tiro queria pegar arma emprestada no Canguru

Mulher foi presa em flagrante pelos crimes de homicídio culposo e posse irregular

2 SET 2023 • POR Luiz Vinicius • 16h50
Caso aconteceu no residencial do Jardim Canguru - Divulgação/Agehab

A mulher, de 44 anos, suspeita de matar o adolescente Wandré de Castro Ferreira, de 17 anos, alegou para a polícia que a vítima foi até seu apartamento para pegar a arma emprestada. O caso aconteceu durante a madrugada deste sábado (2) em um residência no Jardim Canguru, em Campo Grande.

A suspeita permanece presa e foi autuada pelos crimes de posse irregular de arma de fogo e homicídio culposo - aquele que não há intenção de matar.

Apresentando sua versão no interrogatório feito pela Polícia Civil, ela relatou quando pegou a arma e foi municiar a mesma, efetuou um disparo acidental atingindo o olho esquerdo de Wandré que estava na sua frente e bem próximo, ocasionando na sua morte.

A mulher já tem passagens pela polícia por roubo, tráfico de drogas e até sequestro e cárcere privado. Ela deve passar por audiência de custódia para saber se permanece ou não presa preventivamente.

Versão da mãe - Segundo apurado pela reportagem, o adolescente estava na companhia da família e por volta das 22h35, todos decidiram ir dormir - mãe do garoto, marido e os filhos mais velhos. Porém, a vítima permaneceu mais um pouco acordada, quando foi chamada para ir apartamento da vizinha.

Quando era de madrugada, por volta das 2h35, a filha da vizinha bateu na porta do apartamento de Sirlene e relatou que era para ela descer lá, pois a sua mãe havia atirado "sem querer no adolescente". Ao chegar no apartamento, a mulher se deparou com a cena do filho caído e um tiro que atravessou o olho.

Para a reportagem, a mulher citou que a suspeita não prestou socorro e nem chamou Polícia Militar ou resgate, apenas teria dito "me perdoa, foi sem querer, eu não tive culpa". O adolescente ainda estava com sinais vitais e a mãe chegou a pedir ajuda do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), porém diante da gravidade dos ferimentos, acabou falecendo.