Economia

Deflação: Preços caem e IPCA registra em junho, a menor taxa desde 2017

O resultado de junho foi influenciado principalmente pelas quedas nos preços de comidas e bebidas

11 JUL 2023 • POR Sarah Chaves, com IBGE • 10h50
Imagem Ilustrativa

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (11) um queda de 0,08% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em junho deste ano, taxa é 0,31 ponto percentual abaixo da taxa de maio (0,23%).

De acordo com o IBGE, essa foi a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice foi de -0,23%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,87%. Em junho de 2022, a variação havia sido de 0,67%.

O resultado de junho foi influenciado principalmente pelas quedas em Alimentação e bebidas (-0,66%) e Transportes (-0,41%), que contribuíram com -0,14 pontos percentuais (p.p). Artigos de residência (-0,42%) e Comunicação (-0,14%) também registraram recuo nos preços no IPCA de junho. No lado das altas, o maior impacto (0,10 p.p.) e a maior variação (0,69%) no índice do mês vieram de Habitação. Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 0,36% de Despesas pessoais.

A queda do grupo Alimentação e bebidas se deve principalmente, ao recuo nos preços da alimentação no domicílio. Destacam-se as quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). 

Em transportes o resultado foi influenciado pelo recuo nos preços dos automóveis novos  e dos automóveis usados . Além disso, destaca-se o resultado de combustíveis (-1,85%), por conta das quedas do óleo diesel, do etanol, do gás veicular e da gasolina. No lado das altas, as passagens aéreas subiram 10,96%, após queda de 17,73% em maio.

No grupo habitação, a maior contribuição veio da energia elétrica residencial. A taxa de água e esgoto (1,69%) também registrou alta, por conta de reajustes aplicados em quatro áreas de abrangência do índice em Belém, Curitiba, São Paulo e Aracaju.

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais foi influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde, decorrente do reajuste de até 9,63% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 13 de junho, com vigência a partir de maio de 2023 e cujo ciclo se encerra em abril de 2024. Desse modo, no IPCA de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 30 de maio e 28 de junho de 2023 (referência) com os preços vigentes entre 29 de abril e 29 de maio de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários-mínimos e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

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