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Voltado ao interesse turístico em MS, PMA investiga alimentação de onças-pintadas

A Polícia Militar Ambiental reforça que a atitude, além de ser crime, é perigosa

19 JUN 2023 • POR Brenda Leitte • 15h53
Onça-pintada - Foto: Haroldo Palo/Fundação Grupo Boticário

A PMA (Polícia Militar Ambiental) investiga a alimentação de onças para interesses turísticos em Mato Grosso Sul. A atitude, além de ser crime, é perigosa tanto para as pessoas quanto para os animais.

Segundo divulgou a PMA, a decisão por investigar o caso é voltado após uma série de imagens de avistamentos de onças-pintadas na região pantaneira de Miranda, no interior do Estado, circularem nas redes sociais. Nas imagens é possível ver os animais, que são habituados com a presença humana, esperando serem alimentados.

A capitã da PMA, Thamara Moura, explicou que o ato de alimentar animais silvestres para atraí-los é conhecido como ceva, uma ação criminosa que traz riscos para as pessoas, assim como para o animal.

“Nos vídeos, fotos e relatos que recebemos, é possível ver os animais habituados com a presença humana e aguardando serem alimentados às margens do rio Miranda. Isso para atrair turistas. Essa é uma atitude nada inteligente e totalmente criminosa e arriscada, o animal acaba associando a presença humana ao alimento, e com isso deixa de lado o instinto de caça. Isso aumenta o risco de ataques, caso o animal não receba comida”.

Segundo a Associação Onçafari, a prática da ceva diminui a distância de conforto das onças-pintadas com os seres humanos e elas começam a chegar cada vez mais perto. O problema é que as onças podem ficar dependentes dessa relação e deixar de caçar ou procurar alimento de forma natural.

Alimentar mamíferos silvestres de médio e grande porte em vida livre para atrair e aumentar a chance de observação ou garantir sua permanência em determinada localidade é proibido em MS desde 2015.

A prática de ceva é considerada crime ambiental e ato de maus tratos animal, com pena de três meses a um ano de detenção, além de multa. Para evitar a prática criminosa, a PMA tem realizado monitoramento da região com ajuda de drones.

 

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