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Estudante ferida durante acidente com médico não poderá andar por meses

Ela teve duas lesões no quadril e aguarda decisão médica para definir se precisará passar por cirurgia

19 JUN 2023 • POR Brenda Assis e Luiz Vinicius • 14h11

A estudante, de 28 anos, que teve o carro atingido pela caminhonete Volkswagen Amarok conduzida pelo médico João Pedro da Silva Miranda Jorge, de 29 anos, no dia 7 de junho, não poderá andar por 90 dias devido a fraturas no quadril causadas devido ao acidente.

Em seu depoimento, ela contou que estava dirigindo um Toyota Corolla pela Avenida Rubens Gil de Camilo, quando ao passar pelo cruzamento com a Rua Dr. Paulo Machado visualizou a caminhonete se aproximando em alta velocidade.

A motorista chegou a tentar desviar, mas não teve sucesso e acabou sendo atingida pela Amarok, indo parar na pista oposta após se veículo rodar na pista. Durante o relato, a jovem diz ter passado enquanto a sinalização semafórica estava verde, apontando que o médico teria furado o sinal.

Ainda dentro do carro, ela foi amparada por uma 'moça' que estava no local, se recordando que o autor tentava se aproximar em alguns momentos deixando visível seu estado de embriaguez.

Socorrida pelo SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), a estudante foi encaminhada para a Santa Casa com duas fraturas no quadril, ficando impossibilitada de andar por aproximadamente 90 dias.

Ela contou as equipes policiais que aguarda avaliação médica para saber se precisará de cirurgia. Apesar disso, a estudante recebeu alta médica e está aguardando maiores desdobramentos de casa.

Denuncia O médico João Pedro da Silva Miranda Jorge, de 29 anos, foi indiciado por pelos menos crimes após ter provocado o acidente.

A Polícia Civil concluiu o inquérito e entregou ao Poder Judiciário na última sexta-feira (16), no qual indicia o profissional de medicina pelos crimes de praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e também por conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa.

Histórico negativo - No ano de 2017, o médico teria se envolvido em um acidente parecido enquanto ainda era estudante de medicina. Na ocasião, a advogada Carolina Albuquerque Machado faleceu durante a colisão na Avenida Afonso Pena.

No laudo pericial da época, foi apontado que ele estava em alta velocidade, a cerca de 115 km/h. De acordo com a Polícia Militar, ele fugiu do local logo após o acidente e testemunhas relataram que ele estava embriagado.

Por conta do impacto, o Fox em que Carolina estava com o filho, de apenas 3 anos, foi arremessado por cerca de 110 metros. O menino não sofreu ferimentos graves.

Após bater no carro da advogada, o médico fugiu do local para que não fosse autuado em flagrante. Por conta do acidente, o condutor chegou a ser condenado a 2 anos e 7 meses de prisão.