Polícia

Médico que feriu estudante no trânsito de Campo Grande é indiciado pela polícia

Polícia Civil concluiu inquérito relatando que João Pedro da Silva provocou o acidente por estar dirigindo embriagado

19 JUN 2023 • POR Luiz Vinicius • 11h10
Médico provocou acidente por dirigir bêbado em Campo Grande - WhatsApp/JD1 Notícias

O médico João Pedro da Silva Miranda Jorge, de 29 anos, foi indiciado por pelos menos crimes após ter provocado o acidente que feriu e deixou uma estudante, de 28 anos, com problemas para se locomover em Campo Grande. O fato ocorreu na noite do dia 7 de junho, no cruzamento das ruas Doutor Paulo Machado e Arquiteto Rubens Gil de Camilo, região do bairro Santa Fé.

A Polícia Civil concluiu o inquérito e entregou ao Poder Judiciário na última sexta-feira (16), no qual indicia o profissional de medicina pelos crimes de praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e também por conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa.

Como já noticiado pelo JD1 Notícias, a vítima recebeu alta da Santa Casa dias após o acidente, mas continua com problemas devido aos ferimentos provocados pelo médico na colisão entre os veículos. Ela deve passar por uma cirurgia em breve, já que está com fratura no quadril.

Para chegar a finalização do inquérito, a Polícia Civil ouviu dois motoristas de aplicativo que passavam pelo local do acidente e quase foram atingidos pelo médico, que dirigia em alta velocidade a sua Volkswagen Amarok. Quando ocorreu a colisão com o veículo da estudante, um Toyota Corolla, as duas testemunhas retornaram e prestaram apoio a vítima.

As duas pessoas notaram que João Pedro estava bêbado, pois estava com os olhos vermelhos, forte odor etílico naquele momento e que cambaleava bastante, não conseguindo permanecer em pé e reto. Fato esse reafirmado pela vítima em seu depoimento.

A investigação, coordenada pela delegada Priscilla Anuda, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, também contou com imagens de câmera de segurança que flagraram o momento do acidente e foram inseridas no inquérito.

O médico foi preso em flagrante naquela oportunidade e passado a audiência de custódia, ele teve a prisão convertida em preventiva no dia 9 de junho pela Justiça de Mato Grosso do Sul, que considerou todo o cenário como uma "franca reiteração criminosa", pois João Paulo estava com a carteira de habilitação vencida e todo o histórico de acidentes no passado - como a morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, em 2017.

Com o inquérito finalizado, a Justiça aguarda o parecer do Ministério Público de Mato Grosso do Sul para saber se haverá ou não denúncia contra João Pedro da Silva Miranda pelos dois crimes praticados no trânsito de Campo Grande.

Histórico negativo - No ano de 2017, o médico teria se envolvido em um acidente parecido enquanto ainda era estudante de medicina. Na ocasião, a advogada Carolina Albuquerque Machado faleceu durante a colisão na Avenida Afonso Pena.

No laudo pericial da época, foi apontado que ele estava em alta velocidade, a cerca de 115 km/h. De acordo com a Polícia Militar, ele fugiu do local logo após o acidente e testemunhas relataram que ele estava embriagado.

Por conta do impacto, o Fox em que Carolina estava com o filho, de apenas 3 anos, foi arremessado por cerca de 110 metros. O menino não sofreu ferimentos graves.

Após bater no carro da advogada, o médico fugiu do local para que não fosse autuado em flagrante. Por conta do acidente, o condutor chegou a ser condenado a 2 anos e 7 meses de prisão.

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