Justiça define presidência do União Brasil para Rhiad Abdulahad
Executiva Nacional do partido, no entanto, anulou eleições e marcou novo pleito para o dia 29
24 ABR 2023 • POR Pedro Molina e Gabrielly Gonzalez • 18h22Após decisão do desembargador Marcos José de Brito Rodrigues, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), o 1º suplente de deputado estadual Rhiad Abdulahad foi eleito como presidente do União Brasil em Mato Grosso do Sul.
A decisão de Rodrigues anula uma anterior do juiz Flávio Saad Peron, da 15ª Vara Cível de Campo Grande, obtida pelo tesoureiro-adjunto do diretório estadual do partido, Anderson Pereira do Carmo, após ele e outros membros, entre eles Rose Modesto, serem expulsos da executiva do diretório estadual.
“Diante do exposto, presentes os requisitos de admissibilidade deste agravo, recebo-o em seus efeitos devolutivo e suspensivo, por vislumbrar a probabilidade de provimento do recurso e o risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, na forma do art. 995, parágrafo único, do CPC”, diz trecho da decisão do juiz.
Ao JD1 Notícias, o presidente eleito afirma que a decisão comprova a legalidade da convenção de forma irrefutável. “Temos que seguir em frente buscando agregar com aqueles que realmente almejam a construção de um partido forte e que atenda os anseios da população sul matogrossense, como homem de diálogo estou aberto a atender todos os seguimentos do partido para que juntos possamos construir um projeto para o pleito de 2024 em todo Estado”, expôs.
A reportagem também entrou em contato a senadora Soraya Thronicke, em que ela pontuou que a decisão foi tomada devido a “conformidade [da chapa inicial] com as regras estatutárias”.
“Nossa Convenção foi considerada válida pelo TJMS dentro dos ditames estatutários e legais. Vamos cumprir as decisões judiciais tal qual exaradas, para não cometermos crime de desobediência. Quando alguém judicializa, deve parar de movimentar na esfera administrativa para evitar tumulto processual. Induziram o Juiz de primeiro grau em erro quando ajuizaram a ação por meio de alguém sem legitimidade ativa, quando não juntaram o Estatuto, e citaram artigos desconexos com os fatos, além de outras manobras que estão sob sigilo de investigação. Nós não lidamos com narrativas, nós lidamos com a justiça”, afirmou.
A ex-deputada federal Rose Modesto também foi ouvida pelo JD1, e afirmou que, apesar da decisão, a Comissão Executiva Nacional do partido marcou para o próximo sábado (29) novas eleições para o comando da sigla no Estado.
“A Nacional acabou de soltar um edital convocando eleição para o dia 29, porque além da decisão que o juiz Flávio tinha dado, anulando essa eleição, a Nacional também tomou a decisão com toda a executiva, anulando a eleição, que foi totalmente ilegal aqui, e pedindo para chamar novas eleições, recompondo a executiva original”, comentou Rose.
A ex-parlamentar ainda explicou que, apesar de decisão do desembargador, a palavra da Nacional é a que prevalece, e destaca que ela deverá, até o dia dias eleições, registrar sua chapa.