Polícia

Casos de violência contra crianças devem passar a ser atendidos na Depac Cepol

O plantão será realizado fora do horário de funcionamento da DEPAC, em salas especializadas na unidade

18 ABR 2023 • POR Brenda Assis • 17h12
O caso foi registrado na Depac Cepol - Foto: Reprodução

Durante a apresentação do balanço e resultado sobre os 100 primeiros dias de 2023 na tarde desta terça-feira (18), o Delegado Geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel, informou que os atendimentos a casos de violência contra de crianças e adolescentes fora do horário da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) deve passar a ser recebido pela Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.

O primeiro trimestre, em relação a esses casos, foi tratado como ‘peculiar’ pelo delegado, uma vez que muitos registros de ocorrência aconteceram. “Uma das soluções que encontramos foi a elaboração de um projeto, já encaminhado a SEJUSP (Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública) para a criação de um centro de atendimento integrado para criança e adolescente”, explicou.

Atualmente, os casos fora do horário de funcionamento da DEPCA acontecem na DEAM (Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher), pois lá existe uma sala do IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).

Porém, por conta da grande demanda, os atendimentos devem ser transferidos para a Depac Cepol.

A respeito de uma previsão a respeito do plantão da DEPCA, alguns ajustes precisam ser feitos nas salas especificas para atender as crianças. “Nosso desejo é que junto a essas salas, seja criada uma para o IMOL. Para que quando os atendimentos sejam transferidos para a Depac Cepol, as vítimas passem por um atendimento pericial logo no registro da ocorrência, até porque aquilo que se produz na delegacia já serve como prova pro juiz”, comentou o delegado.

As equipes da Polícia Civil trabalham para que os direcionamentos sigam para a Depac o mais rápido possível.

No decorrer da coletiva, Roberto relembrou o Caso Sophia, dizendo que “todos os órgãos se compadecem com a família da menina”. O delegado geral enfatizou ainda que desde a morte da pequena, reuniões estão sendo feitas com ONG’s, o poder judiciário, Conselho Tutelar e outras partes para que novas ocorrências como essa não sejam registradas.